Mundo

Argentina acusa Petrobras e Shell de manipular preços

Buenos Aires - O ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, disse que o governo argnetino vai forçar as unidades locais da anglo-holandesa Shell e da brasileira Petrobras a aumentarem sua produção de combustível. Segundo ele, as duas empresas reduziram intencionalmente sua produção, de modo a criar uma escassez de oferta para forçar os […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Buenos Aires - O ministro do Planejamento da Argentina, Julio de Vido, disse que o governo argnetino vai forçar as unidades locais da anglo-holandesa Shell e da brasileira Petrobras a aumentarem sua produção de combustível.

Segundo ele, as duas empresas reduziram intencionalmente sua produção, de modo a criar uma escassez de oferta para forçar os preços para cima. "Por causa disso, o Estado vai intervir para assegurar que essas refinarias operem à capacidade máxima", afirmou o ministro.

De Vido também disse que o governo "vai regular as exportações de combustível, se necessário, para assegurar que o mercado local esteja adequadamente abastecido". Ele afirmou ainda que vai exprimir essa insatisfação junto a funcionários da Embaixada do Brasil, porque a Petrobras estaria agindo "sem ética".

Ontem, a YPF, subsidiária argentina da espanhola Repsol YPF, havia anunciado que importará 50 milhões de litros de gasolina dos EUA na próxima semana, para compensar a escassez de oferta no mercado local.

"Nossas refinarias estão operando a 100% da capacidade", disse um funcionário da YPF. Segundo ele, as refinarias da Petrobras na Argentina estão operando 24% abaixo de sua capacidade. "Houve uma decisão clara de desinvestir em venda de combustíveis na Argentina", acrescentou.

Porta-vozes da Shell e da Petrobras não responderam a pedidos para que comentassem as acusações.

Em 2005, quando controles governamentais informais mantinham o preço da gasolina artificialmente baixo na Argentina, a Shell elevou seus preços, levando o então presidente Nestor Kirchner a conclamar os argentinos a boicotarem os produtos da empresa. Kirchner chegou a ameaçar prender o presidente da Shell. As informações são da Dow Jones.

Leia mais notícias sobre Petrobras

Siga as notícias sobre Meio Ambiente e Energia no Twitter

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoShell

Mais de Mundo

Centro Carter apresenta atas das eleições venezuelanas na OEA

8 soldados israelenses são mortos no sul do Líbano em confronto com Hezbollah

Em um dia, ferrovias chinesas transportam mais de 21 milhões de passageiros

“EUA apoiam totalmente Israel”, diz embaixadora americana na ONU