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Área de testes nucleares da Coreia do Norte colapsou, dizem cientistas

Repetidas explosões realizadas desde o ano de 2006 teriam causado estresse e danos ao local, comprometendo a realização de novos testes

Kim Jong Un acompanha o desenvolvimento de armas na Coreia do Norte em 2017. (KCNA/Reuters)

Kim Jong Un acompanha o desenvolvimento de armas na Coreia do Norte em 2017. (KCNA/Reuters)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 26 de abril de 2018 às 11h15.

São Paulo - Um novo estudo indica que o principal local usado pela Coreia do Norte para realizar testes nucleares colapsou, deixando o governo de Pyongyang sem opções seguras para continuar com seus ensaios atômicos.

Segundo o estudo produzido pela Universidade de Ciência e Tecnologia da China e replicado pelo jornal The Guardian, a área de testes situa-se em Punggye-ri, numa região montanhosa no nordeste do país.

Repetidas explosões realizadas desde o ano de 2006 teriam causado estresse e danos ao local, comprometendo a realização de novos testes.

Segundo os geologistas chineses, embora ainda não haja sinais de vazamentos de materiais radioativos, será preciso reforçar o monitoramento na região.

Explosões nucleares liberam enormes quantidades de calor e energia, e últimos testes realizados contribuiu para tornar o local totalmente instável.

Os dados do estudo chinês foram coletados após os últimos seis testes nucleares realizados pela Coreia do Norte em setembro do ano passado, que teriam provocado uma série de terremotos nas semanas seguintes.

Conforme o Guardian, o estudo foi revisado por especialistas e foi aceito para publicação pela revista Geophysical Research Letters.

A divulgação do estudo ocorre na esteira do anúncio recente feito pelo líder supremo Kim Jong-un de que a Coreia do Norte iria cessar a realização de testes nucleares, sinalizando uma mudança de postura do país e busca por mais diplomacia.

Nesta sexta (27), o governante deverá se tornar o primeiro líder norte-coreano a cruzar a linha de demarcação militar que divide as duas Coreias, desde o fim da Guerra da Coreia em 1953, para a realização da histórica cúpula com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.  

 

 

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