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Arcebispo renuncia por negligência em casos de pedofilia

A renúncia baseou-se em um código da Igreja que permite que as autoridades do clero peçam seu afastamento


	Vaticano anunciou hoje ter aceitado o pedido de renúncia
 (Gabriel Bouys/AFP)

Vaticano anunciou hoje ter aceitado o pedido de renúncia (Gabriel Bouys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 16h15.

Atlanta - O arcebispo americano da Arquidiocese de Saint Paul e Minneapolis, dom John Nienstedt, e o bispo auxiliar Lee Anthony Piche renunciaram aos respectivos cargos, após terem sido acusados de negligência na proteção de crianças abusadas sexualmente por um padre pedófilo.

O Vaticano anunciou hoje (15) ter aceito o pedido de renúncia. Nienstedt é o segundo bispo da Igreja Católica nos Estados Unidos a renunciar o cargo após um escândalo de abuso sexual por integrantes do clero.

A renúncia baseou-se em um código da Igreja que permite que as autoridades do clero peçam seu afastamento, antes da aposentadoria, por causa de doença ou por algum outro motivo "grave", que os impossibilite de continuar no exercício de suas funções.

No início deste mês, promotores de justiça acusaram Arquidiocese de Saint Paul e Minneapolis de ter sido negligente e ter falhado ao não punir diversos relatos de abuso sexual atribuídos a um padre.

Posteriormente, o próprio padre confessou ter abusado sexualmente de dois meninos. Em um comunicado no site da arquidiocese, Nienstedt disse que apresentou sua renúncia para que a arquidiocese tenham "um novo começo".

“Infelizmente, minha liderança chamou a atenção não pelas boas obras da Igreja ou daqueles que as executam. Por isso, tomo a decisão de renunciar”, diz o texto do comunicado assinado pelo arcebispo, que liderava 187 paroquias.

O escândalo do abuso sexual repercutiu fortemente na imprensa e na opinião pública. Hoje, no país, existe praticamente a mesma quantidade de protestantes e católicos por causa do crescimento da Igreja católica nos últimos anos e do aumento da população latina no país.

O anúncio da renúncia ocorreu no mesmo dia em que o Vaticano divulgou a data do primeiro julgamento de um acusado de abuso sexual, que acontecerá em julho.

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