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Arcebispo diz que Igreja demorou a reagir a pedofilia

O arcebispo australiano se referiu, entre outros casos, aos 18 anos levados pela Igreja para despedir um bispo pedófilo

Católico segura terço: a Igreja Católica reconheceu, em 2012, que ao menos 620 crianças foram vítimas de abuso por parte de bispos desde os anos 1930 no estado de Victoria
 (AFP/AFP)

Católico segura terço: a Igreja Católica reconheceu, em 2012, que ao menos 620 crianças foram vítimas de abuso por parte de bispos desde os anos 1930 no estado de Victoria (AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2013 às 12h16.

Sydney - Um dos maiores líderes da Igreja Católica da Austrália reconheceu nesta segunda-feira que sua comunidade foi muito lenta na hora de agir diante dos bispos suspeitos de pedofilia, durante uma audiência no âmbito de uma investigação governamental.

"Certamente diria que a Igreja foi lenta na hora de agir", declarou o arcebispo de Melbourne, Denis Hart, no âmbito de uma investigação realizada pelo governo do Estado de Victoria (sul) sobre os supostos abusos sexuais contra menores.

Ele se referia, entre outros, aos 18 anos levados pela Igreja para despedir um bispo pedófilo.

"Antes tarde do que nunca", indicou. Mas "levamos muito tempo para entender o que estava ocorrendo. Estes criminosos atrozes são sigilosos e astutos".

A Igreja católica admitiu em 2012 que ao menos 620 crianças foram vítimas de abusos por parte de bispos desde os anos 1930 no Estado de Victoria.

O estado de Nova Gales do Sul (sudeste), cuja hierarquia católica também foi criticada, abriu sua própria investigação pública em novembro.

E em abril teve início uma investigação pública em nível nacional. A comissão de investigação, que não está habilitada para incriminar indivíduos, deve recolher o testemunho de 5.000 supostas vítimas de agressões ocorridas em orfanatos, igrejas, paróquias, associações esportivas, creches ou centros de detenção para menores, religiosos ou não.

A Igreja católica é atingida há vários anos por uma série de escândalos pedófilos, entre outros na Áustria, Bélgica, Irlanda, Alemanha e Estados Unidos.

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