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Arcebispo australiano acusado de acobertar pedofilia se afasta do cargo

O arcebispo foi o primeiro a ser condado durante o pontificado de Francisco, marcado por denúncias de abusos sexuais entre padres católicos no mundo

Philip Wilson: Philip Wilson foi condenado por encobrir abusos sexuais de um padre pedófilo (Philip Wilson/Reuters)

Philip Wilson: Philip Wilson foi condenado por encobrir abusos sexuais de um padre pedófilo (Philip Wilson/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de maio de 2018 às 10h16.

O arcebispo australiano Philip Wilson anunciou nesta quarta-feira o afastamento de suas funções, após ter sido declarado culpado de acobertar abusos sexuais contra um menor nos anos 1970.

Philip Wilson, de 67 anos, foi declarado culpado na terça-feira por encobrir abusos sexuais de um conhecido padre pedófilo, Jim Fletcher, em Nova Gales do Sul, ao não informar as denúncias da vítima.

Durante o julgamento, não se questionou que Fletcher, já falecido, abusasse sexualmente do coroinha Peter Creigh, mas, sim, o fato de Wilson, então um jovem padre, não ter feito nada a respeito quando foi informado.

Wilson, que sempre negou as acusações, declarou que enquanto analisa a situação com seus "assessores legais", é "conveniente (...) me afastar das minhas responsabilidades de arcebispo".

"Se em algum momento for necessário ou conveniente para mim adotar medida mais formal, como minha demissão do cargo de arcebispo, farei isto".

A condenação de Wilson representa uma dor de cabeça adicional para o Papa Francisco, cujo pontificado está marcado por denúncias de abusos sexuais entre padres católicos de vários países.

Na semana passada, 34 bispos chilenos anunciaram sua renúncia por um escândalo de pedofilia.

Vários membros da cúpula eclesiástica chilena foram acusados pelas vítimas de ignorarem e acobertarem os abusos do padre pedófilo Fernando Karadima nos anos 1980 e 1990.

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