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Árbitro acusado de racismo em clássico é absolvido

O juiz aproveitou para defender a luta contra o racismo no futebol

Jogadores do time londrino acusam o árbitro de atos racistas contra o atleta nigeriano Obi Mikel (Shaun Botterill/Getty Image)

Jogadores do time londrino acusam o árbitro de atos racistas contra o atleta nigeriano Obi Mikel (Shaun Botterill/Getty Image)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2012 às 19h24.

Redação Central - O árbitro inglês Mark Clattenburg, acusado de insultos racistas contra o nigeriano John Obi Mikel durante o jogo entre Chelsea e Manchester United, no dia 28 de outubro, não será suspenso pela Federação Inglesa (FA), de acordo com o anunciado pela entidade nesta quinta.

A entidade que rege o futebol do país decidiu que não há necessidade de punição. O Chelsea aceitou a decisão, apontando que a denúncia não foi realizada com má fé.

Clattenburg disse que estas semanas nas quais não apitou jogos, foram as mais estressantes de sua vida. ''Quando se sabe que é inocente por algo, mas que pode ocorrer algo que arruinará sua carreira, é aterrorizante'', disse o árbitro.

O juiz aproveitou para defender a luta contra o racismo no futebol. ''O racismo não tem lugar no futebol e esta experiência não deve desanimar aqueles que realmente acham que são vítimas de abusos'', declarou Mark Clattenburg.

No último dia 13, a Polícia britânica anunciou que havia decidido abandonar a investigação por falta de provas e porque nenhum dos jogadores envolvidos havia ido até à delegacia para prestar queixa contra Clattenburg.

''Nós começamos a investigação e nenhuma vítima se apresentou. O tema ficará registrado como um incidente. Sem nenhuma vítima, nem provas que aconteceu a infração, o caso não pode ser investigado'', afirmou a Scotland Yard em comunicado

O responsável pelos árbitros, Mike Riley, disse que o juiz voltará o mais rápido possível a apitar jogos. ''Infelizmente, Mark teve que suportar quatro semanas que provocaram um tremendo efeito em sua vida profissional e pessoal, tudo por causas alheias. Todos estamos aliviados que isto tenha passado e que possa voltar a fazer o que lhe faz feliz'', declarou Riley.

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