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Arábia Saudita e EUA negociam contratos bilionários de armas

A Arábia Saudita é a primeira parada de Trump em sua primeira viagem internacional, um sinal de sua intenção de reforçar laços

Donald Trump: os países estão ansiosos para melhorar relações tensas sob o ex-presidente Barack Obama (Yuri Gripas/Reuters)

Donald Trump: os países estão ansiosos para melhorar relações tensas sob o ex-presidente Barack Obama (Yuri Gripas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de maio de 2017 às 20h20.

Washington - Washington está trabalhando para aprovar contratos de dezenas de bilhões de dólares em vendas de armas para a Arábia Saudita, alguns novos, outros em fase de preparação, antes da viagem neste mês do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao reino, disseram à Reuters nesta semana pessoas próximas às conversas.

A Arábia Saudita é a primeira parada de Trump em sua primeira viagem internacional, um sinal de sua intenção de reforçar laços com um importante aliado regional.

Os Estados Unidos têm sido o principal fornecedor para a maioria das necessidades militares da Arábia Saudita, de jatos de combate F-15 a sistemas de comando e controle no valor de dezenas de bilhões de dólares nos anos recentes. Trump prometeu estimular a economia dos EUA ao impulsionar empregos de manufatura.

Washington e Riad estão ansiosos para melhorar relações tensas sob o ex-presidente Barack Obama, em parte por conta da liderança norte-americana em um acordo nuclear com o Irã, rival da Arábia Saudita.

Programas da Lockheed Martin Co no pacote incluem um sistema de defesa de mísseis Terminal de Defesa Aérea de Alta Altitude (THAAD) com diversas baterias, disseram as fontes. O sistema THAAD, como o que está sendo colocado em operação na Coreia do Sul, custa cerca de 1 bilhão de dólares.

Também em negociação está um sistema de software C2BMC para comando e controle de confrontos e comunicações, assim como um pacote de capacidades de satélites, ambos fornecidos pela Lockheed.

As fontes falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a discutir sobre as negociações, que também incluem contratos relatados anteriormente ou itens sob discussão há anos.

Um dos acordos, um pacote de 11,5 bilhões de dólares para quatro navios multimissões de combate em superfície e acompanhando serviços e peças, foi aprovado pelo Departamento de Estado em 2015.

Conversas seguiram para fechar capacidades, configurações e design para os complexos navios de guerra, mas o acordo nunca seguiu para contrato final.

O próximo passo para os navios é provavelmente uma carta de acordo entre os dois países, disseram as fontes.

Versões do navio usadas pela Marinha dos EUA, o Navio de Combate Litoral, são fabricadas pela Bethesda, Lockheed Martin e a australiana Austal.

Caso o acordo prossiga, será a primeira venda de um pequeno navio de guerra de superfície para uma potência estrangeira em décadas.

Qualquer grande venda de armas para o exterior está sujeita à supervisão do Congresso. Parlamentares devem levar em consideração um requerimento legal que Israel deve manter sua vantagem militar qualitativa sobre vizinhos.

Mais de um bilhão de dólares em munições, incluindo ogivas perfurantes e bombas guiadas a laser Paveway, feitas pela Raytheon Co, também estão no pacote, disseram as fontes.

O governo Obama suspendeu a venda planejada por conta de preocupações sobre a campanha militar liderada pela Arábia Saudita no Iêmen e mortes civis.

Uma autoridade do governo norte-americano disse que a proposta de venda da Raytheon ainda está sob revisão entre agências.

Um representante da Raytheon se negou a comentar sobre as vendas.

Um representante da Lockheed disse que tais vendas são decisões entre governos e o status de qualquer possíveis discussões podem ser melhor atendidos pelo governo dos EUA.

Um representante da embaixada saudita em Washington se negou a comentar.

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