Centenas de egípcios protestaram na terça-feira diante da embaixada da Arábia Saudita no Cairo (Carsten Koall/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2012 às 13h04.
O governo da Arábia Saudita decidiu convocar seu embaixador no Egito e fechar sua embaixada no Cairo, além dos consulados em Alexandria e Suez, devido a manifestações hostis, informou neste sábado a agência oficial de notícias saudita Spa.
Segundo a agência, um porta-voz do governo justificou estas medidas por causa das manifestações e das ameaças as suas missões diplomáticas no Egito, depois do anúncio da detenção de um advogado egípcio na Arábia Saudita.
O porta-voz considerou "injustificadas" as manifestações diante dessas representações, e mencionou tentativas de invadir as missões e ameaças feitas a seus funcionários sauditas e egípcios.
"Palavras de ordem hostis foram gritadas e a imunidade das representações diplomáticas foi violada contra todas as regras internacionais", acrescentou o porta-voz saudita.
Segundo ele, as manifestações e a violência causaram a interrupção da atividade diplomática e consular, inclusive dos trâmites para viagens de trabalho e de peregrinos egípcios para a Arábia Saudita.
Centenas de egípcios protestaram na terça-feira diante da embaixada da Arábia Saudita no Cairo para exigir a libertação de um advogado defensor dos Direitos Humanos egípcio detido pelas autoridades sauditas.
Os manifestantes bradaram palavras de ordem hostis ao regime de Riad, ao qual pediram a libertação "imediata" de Ahmed Mohamed Tharwat al-Gizawy, detido em 17 de abril em sua chegada ao aeroporto de Yeda.