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Arábia Saudita condena australiano a 500 chibatadas

Mansor Almaribe, que é muçulmano xiita, havia sido condenado primeiramente a dois anos de prisão, pena que foi posteriormente reduzida

O embaixador de Camberra na Arábia Saudita está em contato com autoridades para pedir clemência (Muhannad Falaah/Getty Images)

O embaixador de Camberra na Arábia Saudita está em contato com autoridades para pedir clemência (Muhannad Falaah/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 16h00.

Sydney - Um australiano foi condenado a 500 chibatadas e a um ano de prisão por um tribunal da Arábia Saudita, depois de ser considerado culpado por blasfêmia, informou o governo da Austrália nesta quarta-feira.

Relatos indicam que Mansor Almaribe, de 45 anos, foi detido na cidade de Medina, em 14 de novembro, quando fazia a peregrinação do Haj (a viagem a Meca que todo muçulmano deve fazer pelo uma vez na vida, se tiver condições para isso). Almaribe foi acusado de insultar os companheiros do profeta Maomé.

O Departamento de Relações Exteriores e Comércio da Austrália disse que a sentença foi proferida na terça-feira e que o embaixador de Camberra na Arábia Saudita está em contato com autoridades para pedir clemência.

"O embaixador australiano está em contado com as autoridades sauditas depois que o australiano de 45 anos foi sentenciado por um tribunal saudita a um ano de prisão e 500 chibatadas", informou a porta-voz do departamento.

Um funcionário consular esteve presente durante a leitura da sentença. O australiano, que é muçulmano xiita, havia sido condenado primeiramente a dois anos de prisão, pena que foi posteriormente reduzida, disse a porta-voz.

O jornal The Melbourne Age havia informado que Almaribe, que tem cinco filhos e vive em Shepparton, no Estado de Victoria, não podia pagar um advogado e sofria de diabetes e problemas cardíacos, o que levanta temores sobre sua saúde.

Jamal, filho mais velho do australiano, disse ao jornal nesta semana que seu pai estava lendo e rezando com um grupo quando foi abordado pela polícia religiosa e detido.

Outro filho, Mohammed, declarou nesta quarta-feira que seu pai não sobreviverá às 500 chibatadas em razão de seus problemas de saúde. "Quinhentas chibatadas nas costas. Ele já tem problemas nas costas. Eu não acho que ele sobreviveria", afirmou ele à rádio ABC. As informações são da Dow Jones.

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