Pirâmides: segundo o arqueólogo Zahi Hawas, ex-ministro de Antiguidades, o Egito possui 123 pirâmides (Ricardo Liberato/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
AFP
Publicado em 3 de abril de 2017 às 19h08.
Última atualização em 4 de abril de 2017 às 09h56.
Arqueólogos egípcios encontraram vestígios de uma pirâmide de 3.700 anos de antiguidade "em bom estado" no sítio de Dahshur, perto do Cairo, anunciaram nesta segunda-feira fontes oficiais.
A pequena pirâmide, construída durante a XIII dinastia (1.802-1.640 a.C.), foi localizada na necrópole de Dahshur, ao sul da capital do Egito, "em bom estado de conservação", anunciou o Ministério de Antiguidades egípcio em um comunicado.
Os arqueólogos descobriram "um corredor que leva ao interior da pirâmide, prolongado por uma rampa, e a entrada para uma sala", segundo a mesma fonte.
"A equipe continuará as escavações no sítio para descobrir o resto" da pirâmide, acrescentou o ministério. Os arqueólogos encontraram um pequeno bloco de alabastro enegrecido, no qual se pode ver inscrições em hieróglifos, assim como uma verga de granito e blocos de pedra que permitem conhecer melhor "a arquitetura interna" do monumento.
As escavações acabam de começar e ainda se desconhece o tamanho da pirâmide. Nas fotos divulgadas pelo ministério, é possível ver blocos de pedra e a entrada para o corredor.
A descoberta ocorreu perto da Pirâmide Curvada de Dahshur, construída pelo faraó Seneferu, fundador da IV dinastia (2.600 A.C.) e pai do faraó Quéops, que deu seu nome a uma das pirâmides mais famosas do Egito, na planície de Gizé.
O Egito conta com 123 pirâmides, indicou o arqueólogo Zahi Hawas, ex-ministro de Antiguidades.
Em outubro de 2015, o país africano anunciou um projeto ambicioso denominado "Scan Pyramids" para descobrir as câmaras secretas ocultas nas pirâmides de Gizé e Dahshur, e tentar esclarecer os mistérios sobre a sua construção.
Esses estudos estão sendo realizados na pirâmide de Quéops, a última das sete maravilhas do mundo antigo ainda de pé.
As autoridades egípcias também lançaram, em 2015, uma análise da tumba do faraó Tutancâmon, no Vale dos Reis, perto de Luxor, no sul do país, com a esperança de descobrir ali uma câmara secreta, que poderia abrigar a tumba da rainha Nefertiti.