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Aquecimento na Antártica será menos intenso

Segundo cientistas franceses, o motivo é o aumento das nevascas

Geleira derrete na Antártica: as previsões de aquecimento teriam que ser revisadas com baixa de 0,5°C para o centro do continente austral
 (Torsten Blackwood/AFP)

Geleira derrete na Antártica: as previsões de aquecimento teriam que ser revisadas com baixa de 0,5°C para o centro do continente austral (Torsten Blackwood/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 09h52.

Grenoble - O aquecimento climático na Antártica será "menos pronunciado" que o previsto graças ao aumento das nevascas, anunciaram cientistas franceses.

"As previsões de aquecimento teriam que ser revisadas com baixa de 0,5°C para o centro do continente austral", afirma um comunicado do CNRS (Centro Nacional de Pesquisas Científicas), com base em estudos do laboratório de geofísica do meio ambiente de Grenoble (França) e da Universidade de Laval (Canadá).

O aumento das temperaturas na Antártica implica um maior número de precipitações e, portanto, uma neve mais "branca" que reduzirá a magnitude da mudança climática no centro do continente, segundo os cientistas.

No caso da temperatura do continente subir 3°C, o aumento das precipitações de neve aumentaria suficientemente o albedo (radiação que reflete qualquer superfície).

Um albedo alto esfria o planeta porque a luz ou radiação absorvida e aproveitada é mínima. O albedo mais elevado é o da neve recente.

No futuro, sob o efeito do aquecimento global, "é possível esperar um aumento das precipitações de neve na Antártica", afirma o CNRS.

Os estudos, publicados na revista Nature, "permitem avaliar melhor o papel da neve nos modelos utilizados para prever a evolução do clima mundial", completa o CNRS.

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