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Aquecimento global ultrapassa 1,5ºC em um ano pela primeira vez

Ano de 2023 foi o mais quente do planeta nos registros desde 1850

Calor: 2023 foi o ano mais quente do planeta nos registros desde 1850. (AFP/AFP)

Calor: 2023 foi o ano mais quente do planeta nos registros desde 1850. (AFP/AFP)

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 10h44.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2024 às 11h33.

Pela primeira vez, o aumento da temperatura global excedeu 1,5ºC graus durante um período de 12 meses, segundo o Serviço de Mudança Climática Copernicus da União Europeia (C3S). 

Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira, 8, entre fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, o mundo registrou a média de temperatura global mais alta em um período de 12 meses, 1,52ºC. 2023 foi o ano mais quente do planeta nos registros desde 1850.

No ano passado, o mundo registrou tempestades, secas e incêndios devido às mudanças climáticas, assim como o fenômeno climático El Niño, que aquece as águas superficiais no Oceano Pacífico oriental.

No entanto, os cientistas afirmaram que o mundo ainda não ultrapassou permanentemente o limite de aquecimento de 1,5°C estabelecido no acordo climático de Paris, que é medido ao longo de décadas.

Alguns cientistas afirmaram que a meta do Acordo de Paris não pode mais ser realisticamente alcançada, mas ainda sim pressionam os governos a agir mais rapidamente para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2), a fim de evitar ultrapassar o limiar.

Janeiro é o mês mais quente

O mundo também experimentou o seu janeiro mais quente, continuando uma série de calor excepcional, afirmou o C3S. O mês passado superou o janeiro mais quente anterior, que ocorreu em 2020, nos registros do C3S desde 1950.

O mês passado também marcou o lançamento de um novo satélite da agência espacial norte-americana, NASA, para mapear os oceanos e a atmosfera do mundo em nível de detalhe inédito. Com o novo equipamento, os cientistas esperam monitorar mais rapidamente os impactos do aumento das temperaturas.

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