Mundo

Apuração confirma vitória dos conservadores na Irlanda

O resultado das 40 circunscrições situou o centrista Fianna Fáil (FF) de Micheál Martin na segunda posição a seis cadeiras dos conservadores


	Governo irlandês: os dois partidos manterão hoje encontros com seus novos deputados para explorar opção de formar coalização
 (Clodagh Kilcoyne / Reuters)

Governo irlandês: os dois partidos manterão hoje encontros com seus novos deputados para explorar opção de formar coalização (Clodagh Kilcoyne / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2016 às 09h08.

Dublin - A apuração de votos das eleições gerais irlandesas terminou nesta quinta-feira, após seis dias de lenta apuração, e confirmou o Fine Gael (FG) do primeiro-ministro, o democrata-cristão Enda Kenny, como ganhador com 50 deputados.

O resultado das 40 circunscrições situou o centrista Fianna Fáil (FF) de Micheál Martin na segunda posição a seis cadeiras dos conservadores, com os quais considerará agora a possibilidade de formar uma grande governo de coalizão.

Os dois partidos, rivais históricos que se alternaram no poder desde a independência da Irlanda há quase um século, manterão hoje encontros separadamente com seus novos deputados para explorar essa opção.

O esquerdista Sinn Féin de Gerry Adams aparece na terceira posição com 23 cadeiras, nove a mais que na anterior legislatura, quando a câmara Baixa de Dublin (Dáil) tinha 166 parlamentares (agora tem 158).

O antigo braço político do já inativo Exército Republicano Irlandês (IRA) indicou que apresentará a candidatura de Adams ao posto de "Taoiseach" (primeiro-ministro) em uma primeira sessão de posse prevista para 10 de março, apesar de ter poucas possibilidades de prosperar.

O líder republicano aspira governar em minoria com um bloco de esquerda integrado por formações minoritárias e candidatos independentes, um grupo cujo espetacular crescimento neste pleito o levou a ocupar agora 30% do Dáil.

Também o "Taoiseach" interino, Kenny, considerou o apoio dos partidos pequenos e independentes para formar governo após o afundamento do Partido Trabalhista, seu parceiro no Executivo durante os últimos cinco anos.

O eleitorado castigou duramente nas urnas as políticas de austeridade de conservadores e trabalhistas, que perderam 26 e 30 deputados, respectivamente, mas ambos explorarão a reedição da coalizão com outros apoios.

Se nenhum destes pactos de governo se cristalizar, os especialistas sustentam que haverá novas eleições gerais dentro de seis meses.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEuropaGovernoIrlandaPiigs

Mais de Mundo

Após impor tarifa de 50%, governo Trump inicia investigação comercial contra o Brasil, diz jornal

Trump confirma avanços em negociações comerciais com União Europeia

EUA impedirá que imigrantes peçam liberdade sob fiança em processo de deportação

Trump diz que vai taxar produtos do Brasil em 50% porque 'eu posso'