Mundo

Aprovada nova Constituição egípcia com 98,1% dos votos

Resultado é considerado pelo governo militar uma legitimação popular da derrubada do presidente islâmico Mohamed Mursi


	Oficial conta os votos do referendo: O atual homem forte do Egito, general Abdel Fattah al-Sissi, disse que se o resultado do referendo fosse "sim" ele candidataria à eleição presidencial de 2014
 (Reuters/Mohamed Abd El Ghany)

Oficial conta os votos do referendo: O atual homem forte do Egito, general Abdel Fattah al-Sissi, disse que se o resultado do referendo fosse "sim" ele candidataria à eleição presidencial de 2014 (Reuters/Mohamed Abd El Ghany)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2014 às 14h45.

O 'Sim' venceu por 98,1%, com 38,6% de participação, o referendo constitucional no Egito, anunciou neste sábado a comissão eleitoral, em um resultado considerado pelo governo militar uma legitimação popular da derrubada do presidente islâmico Mohamed Mursi.

O governo estabelecido pelos militares tinha anunciado que consideraria como uma vitória uma taxa de participação superior à do referendo constitucional de 2012, quando Mursi estava no poder (32,9%). Segundo as Forças Armadas, essa "vitória" justificaria nas urnas a destituição e detenção do primeiro presidente eleito de forma democrática no Egito. Os militantes favoráveis a Mursi acusam os militares de terem dado um "golpe de Estado" no dia 3 de julho.

O novo e popular homem forte do Egito, general Abdel Fattah al-Sissi, tinha vinculado seu destino à participação nesse referendo, realizado na terça e na quarta-feira, anunciando três dias antes da votação que se candidataria à eleição presidencial de 2014 "se o povo pedir".

A consulta popular se transformou então em um plebiscito, em plena onda de repressão contra os partidários de Mursi, sobretudo a Irmandade Muçulmana.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoMohamed MursiPolíticos

Mais de Mundo

Disney expande lançamentos de filmes no dinâmico mercado chinês

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala