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Aprovação de Cristina Kirchner cai após morte de Nisman

O escândalo político provocado pela morte do promotor Alberto Nisman prejudicou a imagem, mas argentinos também não aprovam a reação da oposição


	Cristina Kirchner: imagem positiva perdeu 4 pontos percentuais entre dezembro e janeiro, e ficou em 29,1%
 (REUTERS/Eduardo Munoz)

Cristina Kirchner: imagem positiva perdeu 4 pontos percentuais entre dezembro e janeiro, e ficou em 29,1% (REUTERS/Eduardo Munoz)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 15h45.

Buenos Aires - O escândalo político provocado pela morte do promotor Alberto Nisman prejudicou a imagem da presidente argentina, Cristina Kirchner, segundo as últimas pesquisas, que também revelam que os argentinos não aprovam a reação da oposição.

A imagem positiva da presidente perdeu quatro pontos percentuais entre dezembro e janeiro, e ficou em 29,1%, enquanto a negativa superou os 50%, com um aumento de 11 pontos, de acordo com a pesquisa publicada neste domingo pelo jornal "Perfil".

O levantamento, feito pelas empresas de consultoria González y Valladares e iSurveyX, revela também que os entrevistados não aprovam a reação da oposição no caso Nisman. Mais de 57% considera que a oposição agiu mal ou regular após a morte do promotor, encontrado com um tiro na cabeça no banheiro de casa na noite do último domingo, horas antes de comparecer perante o Congresso para dar detalhes da denúncia que apresentou contra a presidente por suposto encobrimento de terroristas.

Outra pesquisa divulgada esta semana revelou que 70% dos argentinos acreditam que Nisman foi assassinado e 82% deles consideram "crível" sua denúncia contra Cristina. Apenas para 8% dos entrevistados é "muito provável" encontrar os culpados pela morte do promotor. Em contrapartida, 65% não acreditam que os envolvidos serão descobertos.

Alberto Nisman denunciou Cristina argumentando que o memorando de entendimento com o Irã aprovado em janeiro de 2013 incluía um encobrimento dos suspeitos pelo atentado contra a mutual judia Amia - que deixou 85 mortos em 1994 - em troca de impulsionar as relações comerciais e a troca de petróleo por grãos em um contexto de crise energética na Argentina.

Após sua morte, o Executivo levantou a teoria de suicídio, mas a presidente promoveu uma reviravolta e denunciou que se trata de uma conspiração para desestabilizar o governo.

A investigação, que avança a passos lentos, confirmou que a bala que matou a Nisman foi disparada a menos de um centímetro, com a pistola sobre a têmpora e sem terceiros na cena. 

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