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Apresentadora de TV iraniana é presa nos EUA, diz emissora

A apresentadora, que nasceu nos EUA, foi levada pelo FBI a um centro de detenção, mas os funcionários não explicaram as razões de sua detenção

Irã: a apresentadora afirmou que é tratada como uma criminosa e que foi obrigada a tirar o véu islâmico (Rob Stothard/Getty Images)

Irã: a apresentadora afirmou que é tratada como uma criminosa e que foi obrigada a tirar o véu islâmico (Rob Stothard/Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 10h14.

Teerã - A televisão iraniana em inglês "Press TV" denunciou nesta quarta-feira que uma de suas jornalistas e apresentadoras, Marzieh Hashemi, foi detida nos Estados Unidos e que não há acusações específicas contra ela.

Hashemi, nascida nos Estados Unidos, foi detida no domingo ao chegar no Aeroporto Internacional Saint Louis-Lambert, na cidade de Saint Louis (estado do Missouri), segundo familiares e amigos citados por "Press TV".

A apresentadora foi transferida pelo FBI a um centro de detenção em Washington, mas os funcionários americanos não proporcionaram as razões de sua detenção, acrescentou a televisão iraniana.

Hashemi, que viveu vários anos no Irã e se converteu ao Islã, viajou para os EUA para visitar seu irmão doente e outros parentes, que não conseguiram entrar em contato com ela.

Ontem, dois dias depois da detenção, a apresentadora falou com a filha e denunciou que estava sendo tratada como uma criminosa e que tinha sido obrigada a tirar o "hiyab" (véu islâmico) para ser fotografada ao chegar à prisão.

Segundo esta versão, os funcionários de prisão negaram acesso a qualquer alimento "halal" (permitido pelo Islã).

Nas redes sociais já começaram uma campanha para pedir sua libertação com as hashtag em inglês #FreeMarziehHashemi, #PrayForMarziehHashemi e #FreePresstvJournalist.

EUA e Irã trocaram acusações em várias ocasiões de detenção injusta a seus cidadãos. No último dia 10, o Ministério das Relações Exteriores iraniano confirmou que um cidadão americano foi detido há alguns meses na cidade de Mashhad (nordeste), mas não revelou as acusações que pesam sobre ele.

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