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Apresentadora de TV anuncia candidatura à presidência da Rússia

Ksenia Sobchak é filha do já falecido Anatoli Sobchak, que foi prefeito de São Petersburgo e é reconhecido por Vladimir Putin como seu mentor

Ksenia Sobchak: "Tenho uma atitude responsável para as ações no âmbito público" (Sergei Karpukhin/Reuters/Reuters)

Ksenia Sobchak: "Tenho uma atitude responsável para as ações no âmbito público" (Sergei Karpukhin/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de outubro de 2017 às 15h53.

Moscou - A jornalista, atriz e apresentadora de televisão Ksenia Sobchak anunciou em uma carta publicada nesta quarta-feira no jornal "Vedomosti" que será candidata à presidência da Rússia nas eleições de março de 2018

"Tenho uma atitude responsável para as ações no âmbito público e, ciente dos riscos e da grande complexidade da tarefa, decidi que a minha participação nas eleições pode ser um passo para as mudanças que o país tanto precisa", escreveu Sobchak.

Filha do já falecido Anatoli Sobchak, que foi prefeito de São Petersburgo e reconhecido por Vladimir Putin como seu mentor, a apresentadora, de 35 anos, participou ativamente nos protestos organizados em 2012 pela oposição para denunciar fraudes nas eleições presidenciais realizadas há cinco anos.

"Nos cinco anos transcorridos desde a onda de protestos de 2012, minhas ideias políticas têm se consolidado e estou disposta a declará-las e defendê-las no mais alto nível", indicou.

Apesar das tentativas dos burocratas de comprometê-la, dos ataques de parte de seus "amigos liberais" e das especulações de "cientistas políticos de divã", Sobchak disse que sua candidatura "pode e deve ser útil tanto para a oposição como para a sociedade".

A jornalista afirma que as eleições de março não oferecem as melhores opções para os russos, já que os candidatos são os de sempre e não algumas pessoas que poderiam promover mudanças não poderão disputar o pleito.

Era uma referência indireta ao líder opositor Alexei Navalny, inabilitado para apresentar sua candidatura por ter antecedentes penais.

"Os cidadãos podem e devem manifestar seu desacordo com o poder, que quer se manter com a destruição da educação e da saúde, com a monstruosa corrupção e com a propaganda que impregna desde a zona rural até o Kremlin. Com a guerra e o isolamento internacional", escreveu a jornalista na carta.

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