Mundo

Apresentador britânico compara jogadores do Senegal a camelôs

O ex-proprietário do clube de futebol inglês do Tottenham comparou os jogadores do Senegal aos vendedores ambulantes que trabalham no litoral da Espanha

O apresentador da BBC, Alan Sugar, apagou o tweet e disse que foi interpretado (Maxim Shemetov/Reuters)

O apresentador da BBC, Alan Sugar, apagou o tweet e disse que foi interpretado (Maxim Shemetov/Reuters)

A

AFP

Publicado em 20 de junho de 2018 às 10h39.

Última atualização em 20 de junho de 2018 às 10h40.

O empresário e ex-proprietário do clube de futebol inglês do Tottenham Alan Sugar, que também é apresentador da BBC, comparou os jogadores do Senegal a "manteros", como são chamados os vendedores ambulantes na costa espanhola.

"Reconheço esses caras da praia de Marbella. Uns garotos multitarefas com recursos", tuitou Sugar sobre a equipe senegalesa que derrotou a Polônia na terça-feira no Mundial da Rússia de futebol, por 2-1.

A mensagem estava acompanhada de uma fotomontagem: a equipe e, as seus pés, o material usado por camelôs - um pano no chão e, sobre ele, bolsas e óculos de sol -, em geral imigrantes africanos.

Ele apresenta na BBC a versão britânica do programa "O aprendiz", o qual Donald Trump comandou nos Estados Unidos.

Pouco depois, Sugar apagou a mensagem e disse que foi mal interpretado.

"Parece que fui incorretamente interpretado como ofensivo por algumas poucas pessoas", tuitou Sugar, insistindo em que, para ele, era "divertido", mas aceitando apagar seu post.

Também no Twitter, a apresentadora da BBC Babita Sharma criticou a mensagem, classificando-a de "repugnante e escandalosa".

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoFutebol inglêsInglaterraJogadores de futebolPreconceitosRacismo

Mais de Mundo

Ministro alemão adverte para riscos de não selar acordo entre UE e Mercosul

Israel ataca centro de Beirute em meio a expectativas de cessar-fogo no Líbano

Rússia expulsa diplomata britânico por atividades de espionagem

Presidente do México alerta Trump que imposição de tarifas não impedirá migração e drogas nos EUA