Mundo

Apresentação sobre projeto de clima ficará para sábado

O preâmbulo assinala que o pacto deverá ser guiado por "responsabilidades comuns, mas diferenciadas"


	Leonardo DiCaprio acompanha COP 21: preâmbulo assinala que o pacto deverá ser guiado por "responsabilidades comuns, mas diferenciadas"
 (Thierry Chesnot/Getty Images)

Leonardo DiCaprio acompanha COP 21: preâmbulo assinala que o pacto deverá ser guiado por "responsabilidades comuns, mas diferenciadas" (Thierry Chesnot/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 06h27.

A apresentação do projeto de acordo global de luta contra a mudança climática foi adiada desta sexta-feira para o sábado de manhã, informou o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius.

"Vou apresentar o texto não na noite de sexta-feira, como eu pensava, mas no sábado de manhã", disse Fabius, presidente da Cúpula do Clima (COP21) que acontece em Paris, nesta sexta-feira ao canal de televisão "BFM", sem detalhar os motivos.

O novo documento, no qual praticamente desapareceram os colchetes (restam apenas 48 frente aos 365 de ontem à noite), já tem "a forma" do acordo legal que deverá ser adotado por 195 países, mais a União Europeia, segundo especialistas consultados pela Agência Efe.

O texto possui 27 páginas, das quais 12 correspondem ao pacto em si e 15 a uma decisão que o desenvolve, e representa "um progresso", segundo disse Fabius na quinta-feira pela noite, ao reconhecer que ainda faltam ser fechados alguns pontos conflituosos, entre os quais destacou a ambição do acordo, a diferenciação entre países ricos e pobres, e o financiamento para estes últimos.

O preâmbulo do acordo ficou "ordenado" e está praticamente fechado, disse à Efe na quinta-feira a chefe da delegação venezuelana, Claudia Salerno, responsável de facilitar as negociações do mesmo.

O preâmbulo assinala que o pacto deverá ser guiado por "responsabilidades comuns, mas diferenciadas" no combate à mudança climática e levar em conta as necessidades dos países em desenvolvimento e dos mais vulneráveis, que também são menos responsáveis de terem causado o problema.

O acordo em si propõe como meta manter a temperatura do planeta abaixo de dois graus com relação aos níveis pré-industriais e fazer com que a mesma não aumente mais de 1,5 graus para evitar os piores impactos da mudança climática.

Quanto a seus objetivos no longo prazo, os países se comprometem a "estabelecer um limite para suas emissões o mais breve possível" e a conseguir a neutralidade nas emissões de gases do efeito estufa na segunda metade de século, ou seja, não lançar mais gases poluentes do que o planeta pode absorver.

Entre outras questões, desaparece a referência de fixar uma meta de redução de emissões para 2050, como pretendia a União Europeia, e também a alusão a conseguir a 'descarbonização' das economias em 2100.

Fabius tinha pedido na quinta-feira aos representantes dos países que "tenham o acordo final em mente" quando forem revisar esta última minuta e que evitem as críticas e se concentrem em "apresentar soluções" durante suas intervenções no plenário.

Acompanhe tudo sobre:ClimaCOP 21EuropaFrançaMeio ambientePaíses ricos

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'