Mundo

Apple nega ter cooperado com espionagem dos EUA em iPhones

Companhia afirmou que nunca trabalhou para criar uma 'porta traseira' que permitisse a espionagem em alguns de seus produtos


	iPhone: Apple sustentou que não teve conhecimento de suposto programa da NSA dirigido a seus produtos
 (Reprodução/Exame.com)

iPhone: Apple sustentou que não teve conhecimento de suposto programa da NSA dirigido a seus produtos (Reprodução/Exame.com)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 16h45.

Washington - A Apple afirmou nesta terça-feira que "nunca trabalhou com a Agência de Segurança Nacional dos EUA para criar uma 'porta traseira'" que permitisse a espionagem em alguns de seus produtos, incluindo o iPhone.

O comunicado da firma respondeu a um artigo publicado na segunda-feira na revista alemã "Der Spiegel" sobre uma unidade dentro da Agência NSA, denominada Operações de Acesso Específico, cuja função é penetrar nos sistemas de computação estrangeiros para obter dados de interesse para a segurança nacional dos Estados Unidos.

O artigo menciona dezenas de artefatos e métodos, incluindos os preços por seu uso, em catálogos que a NSA poderia usar para escolher as ferramentas necessárias para sua espionagem.

O catálogos, sempre segundo o "Der Spiegel", incluíam uma variedade de ferramentas de intrusão em sistemas digitais que permitiam a espionagem em computadores portáteis, telefones celulares e outros artefatos de consumo.

Segundo o "Der Spiegel", esses programas provam que a NSA teve acesso a uma "porta traseira" para a entrada nos artefatos de computação que são usados por muitos consumidores.

Tais portas, sempre segundo o artigo, eram um programa chamado DROPOUTJEEP usado pela NSA e que, teoricamente, podia espionar "qualquer" iPhone da Apple, com 100% de êxito. Os documentos são de 2008 e isso siginifica que esses métodos foram usados com telefones dessa época.

O investigador, autor do artigo e "hacker" Jacob Applebaum, sustenta que o índice de êxito de 100% implica em uma colaboração por parte da Apple.

Em sua declaração divulgada hoje, a Apple sustentou que "não teve conhecimento deste suposto programa da NSA dirigido" a seus "produtos".

"Nos preocupamos com a confidencialidade e a segurança de nossos clientes", acrescentou. "Nossa equipe trabalha continuamente para fazer nossos produtos mais seguros e para facilitar que nossos clientes mantenham seus programas atualizados com os últimos avanços".

"Seguiremos usando nossos recursos para atacar os intrusos maliciosos e para defender nossos clientes dos ataques contra sua segurança, seja quem for que esteja por trás deles ", sustentou o comunicado da Apple.

Acompanhe tudo sobre:AppleCelularesEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaEspionagemiPhoneNSASmartphonesTecnologia da informação

Mais de Mundo

Superiate de luxo que naufragou na Itália tinha falhas 'gritantes', diz NYT

Apoiadores de Evo Morales suspendem temporariamente bloqueios na Bolívia

Blinken diz que há “bons avanços” para se chegar a cessar-fogo no Líbano

Coreia do Norte diz ter testado novo tipo de míssil balístico intercontinental