Mundo

Apostas crescem nos EUA em meio à disputa eleitoral

Eleições americanas acontecem na próxima terça-feira

Eleições americanas acontece na próxima terça-feira (Getty Images)

Eleições americanas acontece na próxima terça-feira (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2012 às 09h35.

Washington - As populares superstições do mundo esportivo encontraram lugar nas disputadas eleições americanas, com promessas como deixar de fazer a barba e apostas para cortar um bigode.

David Axelrod, que faz parte do reduzido círculo de assessores políticos íntimos do presidente Barack Obama, apostou na quarta-feira que tirará seu famoso bigode, que o acompanhou durante 'quatro décadas', se o democrata perder na Pensilvânia, Michigan e Minnesota na próxima terça-feira.

Axelrod, diretor de comunicações da campanha de Obama, fez a aposta durante o popular programa de televisão 'Morning Joe', do canal 'MSNBC', como desafio diante do súbito crescimento nas pesquisas do candidato presidencial republicano, Mitt Romney.

'Virei ao programa de Morning Joe e tirarei este bigode de 40 anos se perdermos qualquer desses três estados', prometeu Axelrod após lamentar a influência das grandes doações na disputa.

Uma pesquisa do jornal 'Detroit News' e do canal de televisão 'WDIV' mostrou na semana passada que a vantagem de Obama em relação a Romney em Michigan caiu para menos de três pontos, de 47,7% para 45%, quando no início do mês era de 6,7%.

A dois dias das eleições gerais, que serão ou uma espécie de plebiscito sobre o mandato de Obama ou uma exigência de mudança de rumo, esta pesquisa aumentou as energias do grupo de Romney e o nervosismo da equipe de Obama.

Axelrod tentou minimizar a ideia de que Obama agora está vulnerável nesses três estados, argumentando que se apoia 'em pesquisas sólidas' e não em outras imprecisas que 'estão em todas as partes do mapa eleitoral'.


No entanto, sua campanha ficou nos últimos dias na defensiva e canalizou recursos para frear qualquer avanço republicano nestes três estados.

Para manter o tom jocoso da 'aposta do bigode', o apresentador do programa, Joe Scarborough, prometeu que deixará crescer o seu se Obama derrotar Romney nos estados de Flórida e Carolina do Norte, que por enquanto se inclinam em direção ao republicano.

Axelrod e Scarborough selaram o pacto e prometeram cumprir a promessa se perderem até mesmo em apenas um destes estados. A aposta deu um toque humorístico à disputa, ao ponto do 'bigode de Axelrod' já ter conta própria no Twitter, com uma mensagem que diz: 'Fiquei com este rosto desde 1972'.

A conta @AxelrodsStache, na qual o famoso bigode faz comentários sobre a disputa, tem agora 1.336 seguidores. Pouco tempo depois, o pesquisador político Nate Silver, que disse que Romney tem apenas 21% de possibilidades de se eleger, também lançou sua aposta, confiante de que seus modelos estatísticos não estão enganados.

Silver, conhecido por seu popular site 'FiveThirtyEight', apostou US$ 1.000 com Scarborough, depois que o apresentador ironizou seus prognósticos, que Obama vencerá a eleição. Silver afirmou que se perder doará o dinheiro para uma instituição de caridade.

Já o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse para os jornalistas que não irá se barbear até o fim das eleições, marcadas para esta terça-feira.

A disputa eleitoral se transformou em terreno fértil para as apostas e superstições, normalmente populares nas competições esportivas, como no caso dos jogadores do futebol americano que deixam crescer a barba como talismã durante os playoffs do Super Bowl.

Segundo o Centro de Pesquisas Pew, nem Obama nem Romney têm uma vantagem considerável para considerar a vitória garantida, e num quadro tão acirrado e imprevisível, ninguém se atreve a fazer apostas, salvo ousados jornalistas ou os mais fiéis seguidores de Obama. 

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEleições americanasMitt RomneyPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história