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Após terremoto recorde na Rússia, tsunami se espalha pelo Pacífico; veja regiões afetadas

Fenômeno provocou evacuações e monitoramento contínuo em áreas costeiras de vários continentes

Japão: policiais pedem que as pessoas evacuem uma praia vazia na cidade de Fujisawa, província de Kanagawa, em 30 de julho de 2025, devido a um alerta de tsunami (YUICHI YAMAZAKI/AFP/Getty Images)

Japão: policiais pedem que as pessoas evacuem uma praia vazia na cidade de Fujisawa, província de Kanagawa, em 30 de julho de 2025, devido a um alerta de tsunami (YUICHI YAMAZAKI/AFP/Getty Images)

Publicado em 30 de julho de 2025 às 08h50.

Um terremoto de magnitude elevada registrado na manhã de quarta-feira, 30, no extremo leste da Rússia, desencadeou uma série de alertas de tsunami em diversos países ao redor do Oceano Pacífico.

O tremor é o sexto mais forte já registrado na história e provocou ondas que chegaram a atingir mais de 4 metros de altura em algumas localidades.

Ainda é cedo para mensurar a extensão dos danos, mas governos e agências de monitoramento sísmico permanecem em estado de alerta.

A recomendação geral é que moradores de regiões costeiras evitem o mar e busquem terrenos mais elevados.

Rússia: epicentro

O abalo sísmico ocorreu por volta das 8h25 desta quarta‑feira, 30, no horário local de Severo‑Kurilsk (UTC+11), o que equivale às 17h25 de terça‑feira, 29, em Brasília.

O epicentro ficou próximo ao porto de Severo‑Kurilsk, na costa leste da Rússia. Três ondas de tsunami atingiram a cidade, que tem cerca de 2 mil habitantes, sendo a última a mais forte, entre 3 e 4 metros de altura, segundo a prefeitura da cidade.

A cidade foi evacuada e imagens divulgadas nas redes sociais mostram alagamentos em áreas urbanas. Além do porto, uma planta de processamento de peixes da empresa Alaid foi parcialmente inundada, de acordo com o governo russo.

Japão em alerta máximo

Logo após o terremoto, a Agência Meteorológica do Japão (JMA) emitiu alertas para possíveis tsunamis de até 3 metros na costa pacífica do país.

Ao longo do dia, diversas ondas foram registradas, incluindo uma de 1,3 metro no porto de Kuji. Em Hokkaido, ao norte, ondas menores, de cerca de 30 centímetros, também chegaram à costa.

Apesar da movimentação do mar, não há, até o momento, registros de danos significativos. Mesmo assim, praias foram evacuadas e autoridades continuam orientando a população a manter distância do mar.

Segundo um representante da JMA, tsunamis podem ter ciclos longos, de até uma hora, e as ondas podem continuar por várias horas após o terremoto.

EUA: registros do Alasca à Califórnia

Nos Estados Unidos, o impacto está sendo monitorado ao longo da costa do Pacífico. No Alasca, ondas pequenas, de menos de 30 centímetros, foram registradas em ilhas como Amchitka e Adak, e também na cidade de Saint Paul.

Na Califórnia, a primeira elevação no nível do mar foi percebida por volta da 1h da manhã (horário local), com ondas de até 45 centímetros em Crescent City, no norte do estado.

Em São Francisco e Los Angeles, as autoridades confirmaram a chegada das ondas, mas indicaram que não se espera alagamentos expressivos.

Havaí: ondas de quase 2 metros

No arquipélago do Havaí, ondas de até 1,74 metro foram detectadas em Kahului, na ilha de Maui. O fenômeno começou por volta das 19h30 no horário local (2h30 em Brasília), com ondas chegando em intervalos de 34 minutos.

Dados do atol Midway, localizado entre o Japão e o Havaí, indicaram ondas de até 1,8 metro.

O governador do estado, Josh Green, afirmou que “não houve, até agora, ondas de grande impacto, o que é um alívio”. Ainda assim, as autoridades seguem em alerta e estimam que serão necessárias mais algumas horas até que a situação se estabilize.

Guam e outras regiões do Pacífico

Em Guam, território dos EUA no Pacífico, ondas de até 30 centímetros foram observadas. A defesa civil local informou que novas ondas são esperadas, mas com tendência de enfraquecimento ao longo das próximas horas.

No Atol Midway, localizado entre o Japão e o Havaí, foram registrados picos de até 1,8 metro, o que reforça a vigilância sobre a possibilidade de novas ondas em áreas próximas.

As autoridades seguem monitorando o comportamento do mar e atualizando os alertas conforme novos dados são divulgados.

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