Para o presidente Erdogan, a Turquia vai se manter forte se melhorar, simultaneamente, relações com o Ocidente e o Oriente (Darrell Gulin/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 2 de setembro de 2024 às 12h40.
A Turquia pediu formalmente para se juntar aos Brics, grupo formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. As informações são da Bloomberg.
A ideia do país é reforçar sua influência global e forjar novos laços além dos tradicionais aliados ocidentais. A visão da administração do presidente Recep Tayyip Erdogan é que o centro geopolítico "está se afastando das economias desenvolvidas".
O novo impulso diplomático do país reflete suas aspirações de cultivar laços com todos os lados em um mundo multipolar, ao mesmo tempo em que cumpre suas obrigações como um membro-chave da Organização do Tratado do Atlântico Norte, segundo fontes disseram à Bloomberg.
Esse pedido da Turquia de se juntar aos Brics veio depois de inúmeras tentativas fracassadas de adesão à União Europeia. A rixa piorou após Erdogan manter laços com Putin mesmo com a guerra da Ucrânia em curso.
"A Turquia pode se tornar um país forte, próspero e eficaz se melhorar suas relações com o Oriente e o Ocidente simultaneamente", disse Erdogan em Istambul no fim de semana. "Qualquer método diferente deste não beneficiará a Turquia, mas a prejudicará."
Os Brics ganharam quatro novos membros no início deste ano, quando Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e o Egito se juntaram às suas fileiras. A Arábia Saudita foi convidada a se juntar,
A ampliação do grupo pode ser discutida durante uma cúpula em Kazan, Rússia, de 22 a 24 de outubro. Malásia, Tailândia e o aliado próximo da Turquia, Azerbaijão, estão entre outros países que desejam se juntar.