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Após surto no McDonald’s, Taco Bell, Pizza Hut e KFC retiram cebolas de produtos nos EUA

Cadeias de fast food ajustam cardápios e monitoram riscos após surto que já causou uma morte e dezenas de hospitalizações nos EUA

Redes de fast food ajustam cardápios para garantir segurança alimentar após surto de E. Coli nos EUA. (KFC/Divulgação)

Redes de fast food ajustam cardápios para garantir segurança alimentar após surto de E. Coli nos EUA. (KFC/Divulgação)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 06h37.

Com um surto de E. Coli ligado ao lanche quarteirão do McDonald's, outras redes de fast food, incluindo Burger King, Taco Bell, Pizza Hut e KFC, começaram a remover cebolas frescas de seus cardápios em algumas localidades dos Estados Unidos. A Yum Brands, proprietária das três últimas cadeias, anunciou na quinta-feira, 24, que, "por precaução", está retirando o ingrediente de alguns restaurantes. A empresa afirmou que seguirá as orientações de fornecedores e reguladores para garantir a segurança de seus produtos.

Em nota à CBS News, o Burger King confirmou que cerca de 5% de suas unidades receberam cebolas de uma instalação da Taylor Farms no Colorado, recomendando o descarte imediato do ingrediente e iniciando o reabastecimento com cebolas de outras origens. A rede de fast food não recebeu notificações de casos de E. Coli entre seus clientes ou funcionários.

O surto de E. Coli, que as autoridades federais associam às cebolas usadas nos quarteirões do McDonald's, já afetou 49 pessoas em 10 estados, resultando em uma morte e 10 hospitalizações. A rede McDonald's removeu temporariamente o lanche de aproximadamente um quinto de suas 13 mil unidades nos EUA, abrangendo regiões como Colorado, Kansas, Utah, Wyoming, Idaho, Iowa, Missouri, Montana, Nebraska, Nevada, Novo México e Oklahoma.

Investigação e medidas de segurança

A Taylor Farms, fornecedora das cebolas para o McDonald's, afirmou que conduziu testes de controle em seus produtos e não encontrou traços de E. Coli. Mesmo assim, a empresa optou por retirar do mercado as cebolas amarelas processadas em sua unidade no Colorado. A investigação está em andamento para determinar se o surto foi causado pelas cebolas fatiadas ou pelos hambúrgueres, conforme informou o CDC.

Os sintomas da infecção por E. Coli, que incluem cólicas estomacais intensas, diarreia e vômito, geralmente começam de três a quatro dias após a exposição à bactéria, com a maioria das pessoas se recuperando em cinco a sete dias sem necessidade de tratamento hospitalar. No entanto, algumas infecções, como a ocorrida em um paciente infantil, podem evoluir para uma síndrome urêmica hemolítica, uma condição grave que pode causar insuficiência renal.

Repercussões legais e financeiras

O surto levou a ações legais. Em um dos primeiros processos contra o McDonald's, Eric Stelly, residente no Colorado, alega ter consumido um lanche contaminado em uma filial em Greeley. Ele testou positivo para E. Coli poucos dias depois e entrou com uma ação contra a empresa, buscando uma indenização de mais de US$ 50 mil (R$ 284 mil). A ação, movida no condado de Cook, em Illinois, alega que o McDonald's falhou em seguir os padrões de segurança alimentar.

O presidente da McDonald's USA, Joe Erlinger, declarou que a empresa está empenhada em reconquistar a confiança do público, após a remoção do produto de parte de suas unidades. A empresa, em conjunto com o CDC e o USDA, está investigando se o surto foi causado pelas cebolas fatiadas ou pelos hambúrgueres de carne bovina.

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