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Depois de torrar US$ 500 milhões, Bloomberg suspende campanha nos EUA

Bloomberg gastou milhões do próprio bolso na tentativa de ser o candidado democrata nas eleições americanas

Michael Bloomberg: empresário e ex-prefeito de Nova York gastou meio milhão de dólares em sua breve campanha (Marco Bello/Reuters)

Michael Bloomberg: empresário e ex-prefeito de Nova York gastou meio milhão de dólares em sua breve campanha (Marco Bello/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 4 de março de 2020 às 12h28.

Última atualização em 4 de março de 2020 às 12h59.

São Paulo - Depois de gastar US$ 500 milhões, o ex-prefeito de Nova York, o empresário Michael Bloomberg, anunciou o fim da sua campanha pela nomeação do Partido Democrata para a eleição presidencial dos Estados Unidos. O empresário se manifestou no Twitter e revelou, ainda, o pré-candidato que irá apoiar daqui em diante: o ex-vice-presidente Joe Biden.

"Sempre acreditei que para derrotar Donald Trump é necessário se unir para apoiar o candidato com a melhor chance de fazê-lo. Após a votação de ontem, fica claro que esse candidato é meu amigo e um grande americano, Joe Biden ”, afirmou Bloomberg em comunicado.

Super Terça

Mesmo depois de gastar meio bilhão de dólares em anúncios na televisão e em ações de marketing nas redes sociais, Bloomberg não conseguiu atingir uma votação expressiva nos estados que realizaram eleições primárias nesta terça-feira (3). Seu melhor desempenho foi no território da Samoa Americana, onde obteve 49,9% dos votos, e no estado do Colorado, onde teve o apoio de 20,8% dos eleitores.

Na maioria dos estados, Bloomberg ficou em terceiro lugar, atrás de Joe Biden e Bernie Sanders. Assim, o ex-prefeito não conseguiu atingir um número significativo de delegados necessários para a nomeação pelo Partido Democrata. Ele obteve somente 8 delegados, ficando bem atrás de Joe Biden (305 delegados) e Bernie Sanders (243). Para levar a nomeação, o pré-candidato precisa conquistar o apoio de pelo menos 1.991 delegados.

Ao contrário dos demais candidatos, Bloomberg entrou tarde na campanha democrata. Foi somente em novembro que ele anunciou a sua candidatura. Com isso, o empresário optou por não disputar as primárias nos quatro primeiro estados (Iowa, New Hampshire, Nevada e Carolina do Sul) e concentrou os seus esforços na votação da chamada Super Tuesday (Super Terça), quando 14 estados realizaram suas prévias num só dia.

Bloomberg apostava que o ex-vice-presidente Joe Biden teria dificuldades de se manter na liderança da disputa, e esperava se tornar um candidato alternativo a Bernie Sanders. Não foi o que ocorreu. Com a saída de Pete Buttigieg e Amy Klobuchar da disputa, Biden acabou se mostrando um candidato mais forte do que no início das primárias, o que acabou atrapalhando os planos de Michael Bloomberg.

Com isso, Bloomberg se tornou o quarto candidato democrata a abandonar a disputa pela nomeação democrata desde que as prévias se iniciaram, em fevereiro. Antes dele, Pete Buttigieg, ex-prefeito de South Bend, Amy Klobuchar, senadora pelo estado de Minnesota, também anunciaram o fim de suas campanhas e endossaram Biden. Tom Steyer, empresário que também estava concorrendo ao posto, foi outro que suspendeu sua campanha e disse na ocasião que irá apoiar o candidato democrata, sem citar nomes.

 

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