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Após sucesso na Copa, Putin encontra Trump para derrubar sanções

Os dois líderes têm muito a resolver em Helsinque, onde chegam em meio a protestos

Putin e a Copa, em Moscou: mundial ajudou a mostrar que o isolamento imposto pelo Ocidente não dado o retorno esperado (Damir Sagoji/Reuters)

Putin e a Copa, em Moscou: mundial ajudou a mostrar que o isolamento imposto pelo Ocidente não dado o retorno esperado (Damir Sagoji/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 16 de julho de 2018 às 06h20.

Última atualização em 16 de julho de 2018 às 07h12.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encontra nesta segunda-feira o presidente russo Vladimir Putin, em Helsinque, na Finlândia, numa cúpula bilateral entre os dois maiores inimigos da Europa. Parece surreal que tal denominação seja dada ao presidente americano, aliado histórico do bloco europeu. Mas é exatamente disso que se trata.

Na véspera de seu encontro com o russo Vladimir Putin, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou novamente os aliados ao rotular a União Européia. Em entrevista pré-cúpula ao programa “Face the Nation”, da CBS News e transmitido no domingo, Trump concentrou-se na UE com China e Rússia como adversários econômicos dos EUA. “Eu acho que a União Europeia é uma inimiga, o que eles fazem para nós no comércio”, disse ele.

Entre Rússia e Estados Unidos as coisas também não vão lá muito bem. Nesta segunda-feira Trump escreveu no Twitter que a relação entre os dois países “nunca foi pior” graças a “anos de estupidez” americana e, agora de uma “caça às bruxas”. Trump se refere às investigações sobre a influência russa em sua eleição, que levaram na semana passada a 12 agentes de inteligência condenados.

Os dois líderes têm muito a resolver em Helsinque, onde chegam em meio a protestos. Putin tem no encontro uma oportunidade de ouro de convencer o americano a retirar sanções comerciais impostas desde a invasão da Crimeia, em 2014. Trump não deve dar nenhum passo nesse sentido pelo menos até as eleições legislativas de novembro.

Mas nunca escondeu sua admiração pelo líder russo, o que, na visão de analistas, deve levá-lo a fazer concessões em alguma frente. Entre os polêmicos temas na mesa também estão a influência russa na Síria, no Irã, a queda de braço com a Otan.

Putin chega ao encontro fortalecido, depois de uma Copa do Mundo bem sucedida em casa, onde mostrou que o isolamento imposto pelo Ocidente não tem saído como o planejado. Ontem, ele esteve na cerimônia de premiação, em Moscou. Trump passou o domingo jogando golf em seu resort na Escócia, numa simbólica imagem do isolamento que vem construindo para si mesmo, e para seu país.

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