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Após saída de partido de Berlusconi, Letta pede confiança

O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, pediu o voto de confiança para seu Executivo, exigido em função da saída do governo do partido de Silvio Berlusconi

Enrico Letta, primeiro-ministro da Itália: governo de Letta conta com folgada maioria na Câmara (Getty Images)

Enrico Letta, primeiro-ministro da Itália: governo de Letta conta com folgada maioria na Câmara (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 09h49.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, pediu nesta quarta-feira o voto de confiança da Câmara dos Deputados para seu Executivo, exigido em função da saída do governo do partido de Silvio Berlusconi, o conservador Forza Itália.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, pediu que o governo comprove se ainda tem a confiança do Parlamento após a saída do Forza Itália.

O governo de Letta conta com folgada maioria na Câmara. Em seguida, o procedimento será repetido no Senado, onde apesar dos números mais apertados, espera-se o voto favorável da casa em função do apoio da Nova Centro-Direita, dissidência do antigo partido de Berlusconi e liderado pelo atual vice-primeiro-ministro, Angelino Alfano.

Letta, além disso, recebeu o apoio de Matteo Renzi, novo líder de sua legenda, o Partido Democrata (PD), eleito no domingo passado em eleições primárias e um dos mais críticos ao atual Executivo de coalizão.

O primeiro-ministro disse em seu comparecimento que "se trata de um novo início" e que a coalizão de governo é agora "diferente, mas mais unida", e anunciou que proporá aos grupos que formam o Executivo "um pacto 2014".

Segundo o primeiro-ministro, 2014 "será o primeiro ano com tendência positiva depois da escuridão da crise" e que os resultado só podem ser obtidos com "estabilidade".

Em seu discurso, Letta defendeu o trabalho positivo realizado nos primeiros seis meses de governo apesar das "ameaças".

Letta lembrou que a Itália será a presidente rotativa da União Europeia (UE) no segundo semestre do ano que vem e afirmou que "o país, para ser confiável na Europa, tem que ter as contas em ordem".

No entanto, explicou que a necessidade urgente de reduzir a dívida pública "não deve ser feita porque a UE pede", mas porque "custa demais" e são "desperdiçados 90 milhões (euros) em juros". 

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