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Após resgates financeiros, primeiro-ministro da Grécia reformula governo

Entre as mudanças anunciadas, o novo gabinete irá contar com 13 novos nomes, entre eles seis mulheres

Tsipras: o primeiro-ministro busca dar visibilidade à nova era que se abrirá com a saída do país dos resgates financeiros (Jack Taylor/Getty Images)

Tsipras: o primeiro-ministro busca dar visibilidade à nova era que se abrirá com a saída do país dos resgates financeiros (Jack Taylor/Getty Images)

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EFE

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 16h01.

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, efetuou mudanças no gabinete nesta terça-feira para dar visibilidade à nova era que se abrirá com a saída do país dos resgates financeiros e chegar de cara nova às eleições do ano que vem.

Tsipras realizou alterações em seis dos 19 ministérios, entre eles Interior e Justiça, e o novo gabinete passou a contar com 13 novos nomes, principalmente nos cargos de vice-ministros e ministros adjuntos. Nenhum dos ministérios-chave, como Economia, Trabalho, Defesa e Relações Exteriores, sofreram modificações.

Outra novidade no gabinete é a entrada de seis mulheres de uma só vez, algo inusitado no governo de Tsipras, que praticamente não tinha representação feminina.

A mudança mais chamativa é a do ministro do Interior, cargo que ficou vago com a transferência de Panvos Skurletis à secretaria-geral do partido governante Syriza ontem e que agora passa a ser ocupado por Alexandros Jaritsis, até então vice-ministro de Economia.

Jaritsis será o encarregado de preparar as três eleições de 2019 - municipais, europeias e gerais -, tarefa que o antecessor, Skurletis, assumirá no partido.

Também foi trocado o ministro de Justiça. Stavros Kondonis saiu do gabinete para ser substituído por Mijalis Kaloyiru, antes secretário-geral do governo.

Outra substituição ocorreu no Ministério de Reforma Administrativa, que era comandado por Olga Yerovassili, que assumirá o novo Ministério de Proteção Cidadã, um antigo departamento integrado ao de Interior.

A nova ministra de Reforma Administrativa será Marilisa Xenoyannakopulu, procedente do partido social-democrata Pasok e cuja escolha reflete a abertura para o centro que Tsipras pretende fazer de olho nas eleições.

Outra aproximação, desta vez com a centro-direita, é a nomeação como vice-ministra de Proteção Cidadã de Katerina Papakosta, uma deputada independente expulsa da conservadora Nova Democracia por diferenças internas com o porta-voz do grupo.

O Ministério da Marinha Mercante será assumido pelo até então vice-ministro de Defesa, Fotis Kouvelis, e também haverá duas caras novas em Cultura e Agricultura, que serão comandados por Myrsini Zorba e Stavros Arajovits, respectivamente.

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