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Após recesso, democratas avançam em processo de impeachment de Trump

Câmara dos Deputados dos Estados Unidos receberá depoimentos a portas fechadas de atuais e antigos funcionários de governo

Trump: presidente norte-americano é alvo de processo de impeachment na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos (Yuri Gripas/Reuters)

Trump: presidente norte-americano é alvo de processo de impeachment na Câmara dos Deputados dos Estados Unidos (Yuri Gripas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de outubro de 2019 às 10h27.

Washington - Liderada por democratas, a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos intensificará o inquérito de impeachment contra o presidente Donald Trump nesta semana, quando os parlamentares voltam de um recesso de duas semanas, na expectativa por depoimentos a portas fechadas de atuais e antigos funcionários de governo.

O acontecimento de maior destaque pode ser o depoimento na quinta-feira de Gordon Sondlandm, o embaixador dos EUA na União Europeia, que foi remarcado porque o governo do republicano Trump impediu uma participação agendada previamente.

Sondland, doador político de Trump que foi indicado para o cargo sem ser um diplomata de carreira, participou de uma troca de mensagens que democratas disseram revelar o temor de assessores de que a pressão do presidente sobre a Ucrânia para que esta investigasse Joe Biden, um rival político, fosse indevida.

O Comitê de Inteligência da Câmara, que lidera o inquérito de impeachment, deve ouvir nesta segunda-feira o depoimento de Fiona Hill, ex-diretora sênior de Assuntos Europeus e Russos do Conselho de Segurança Nacional de Trump.

O inquérito de impeachment se concentra em um telefonema de 25 de julho em que Trump pressionou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, a investigar o ex-vice-presidente Joe Biden, um dos principais democratas disputando o direito de desafiar Trump na eleição presidencial de 2020, e seu filho e empresário, Hunter Biden.

Democratas acusaram Trump de pressionar um aliado estrangeiro vulnerável a descobrir sujeira sobre um oponente doméstico depois de reter 391 milhões de dólares em auxílio de segurança destinado a ajudar a combater separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia.

Trump negou qualquer irregularidade. O inquérito pode levar a Câmara a aprovar artigos de impeachment, ou acusações formais, o que provocaria um julgamento no Senado para decidir se Trump é afastado do cargo - mas o Senado é comandado pelos colegas republicanos de Trump, que mostram pouca inclinação para removê-lo.

Os parlamentares também podem debater se tentam obrigar Rudy Giuliani, advogado pessoal de Trump que pressionou a Ucrânia a investigar os Biden, a depor.

"Acho que o inquérito é um boato mal-intencionado", disse Giuliani.

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