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Após polêmica, Rodman canta parabéns para Kim

Rodman é o guia de outros ex-astros da NBA em Pyongyang para a disputa de uma partida de exibição como parte das celebrações do aniversário do "Querido Líder"


	Dennis Rodman: ex-jogador norte-americano de basquete comandou nesta quarta-feira o "Parabéns a Você" para o líder norte-coreano Kim Jong-un
 (Jim Rogash/Getty Images)

Dennis Rodman: ex-jogador norte-americano de basquete comandou nesta quarta-feira o "Parabéns a Você" para o líder norte-coreano Kim Jong-un (Jim Rogash/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 09h54.

Seul - O ex-jogador norte-americano de basquete Dennis Rodman comandou nesta quarta-feira o "Parabéns a Você" para o líder norte-coreano Kim Jong-un diante de uma plateia em Pyongyang, um dia depois de fazer declarações polêmicas durante visita ao país comunista.

Rodman é o guia de outros ex-astros da NBA em Pyongyang para a disputa de uma partida de exibição como parte das celebrações do aniversário do "Querido Líder". Acredita-se que o aniversário seja nesta própria quarta, o que não foi confirmado. Tampouco se sabe a idade exata de Kim, estimada em torno de 30 anos.

"Começou de um jeito surreal, aí as pessoas aderiram e baixou um pouco, mas parecia bastante sincero da parte de Rodman", disse Simon Cockerell, guia turístico que assistiu ao jogo em Pyongyang. O "Parabéns a Você", segundo ele, "foi inesperado, provavelmente não planejado". "Kim Jong-un parecia sorrir, mas não parecia esperar." Cockerell, que acompanhava clientes da sua agência Koryo Tours, especializada em Coreia do Norte, disse que a plateia se levantou e aplaudiu Kim por até seis minutos quando ele apareceu com sua esposa.

"Dennis Rodman proferiu um discurso charmosamente caótico, onde agradeceu a Kim Jong-un e sua esposa por aparecerem, e aos outros jogadores por terem a coragem de se juntarem a ele nesse ‘esforço de aproximação'." Essa foi a quarta viagem de Rodman a Pyongyang. Nas duas primeiras ele jantou com Kim, com quem diz ter uma genuína amizade, mas na terceira vez não houve encontro com o líder comunista, filho e neto dos primeiros governantes norte-coreanos.


A visita ocorre semanas depois da execução do outrora influente tio de Kim, Jang Song Thaek, acusado de traição ao regime.

Rodman diz que não pretende interferir na política norte-coreana, mas causou polêmica nos EUA ao insinuar numa entrevista televisiva na terça-feira que o missionário coreano-americano Kenneth Bae é culpado por estar preso na Coreia do Norte.

"Se você entender o que Kenneth Bae fez.. Você entende o que ele fez neste país? Por que está prisioneiro neste país?", disse Rodman numa entrevista cheia de palavrões à CNN, e recusando-se a explicar o sentido das suas declarações.

Terri Chung, irmã do missionário, disse que a família está "ultrajada" com as declarações do ex-atleta. "Ele está claramente desinformado sobre o caso de Kenneth, e certamente não em condições de fazer qualquer julgamento", disse Chung, acrescentando que seu irmão nunca teve intenções hostis contra o Estado norte-coreano.

Bae, de 45 anos, foi preso em 2012 quando comandava um grupo de visitantes no norte do país asiático. Ele foi sentenciado a 15 anos de prisão, sob a acusação de estar usando as visitas turísticas como fachada para desestabilizar o regime.

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