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Após não conseguirem maioria parlamentar, partidos japoneses começam negociações para formar governo

Partido do primeiro-ministro e oposição tem 30 dias para formar coaliz]oes partidárias

Pessoas ficam do lado de fora da estação de trem de Ikebukuro enquanto imagens do primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba (acima esq.) e do ex-primeiro-ministro e chefe do Partido Democrático Constitucional (CDP) da oposição, Yoshihiko Noda (acima esq.) são transmitidas (Richard A. Brooks /AFP)

Pessoas ficam do lado de fora da estação de trem de Ikebukuro enquanto imagens do primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba (acima esq.) e do ex-primeiro-ministro e chefe do Partido Democrático Constitucional (CDP) da oposição, Yoshihiko Noda (acima esq.) são transmitidas (Richard A. Brooks /AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 29 de outubro de 2024 às 11h27.

Última atualização em 29 de outubro de 2024 às 11h31.

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O Partido Liberal Democrata (PLD), do primeiro-ministro Shigeru Ishiba, e a principal força da oposição no Japão iniciaram contatos com outras legendas para tentar formar um governo, uma tarefa complexa para a qual têm um prazo inferior a um mês e após eleições que ameaçam abrir uma fase de instabilidade política.

Ishiba e o líder do Partido Democrático Constitucional (PDC), Yoshihiko Noda, principal legenda opositora, já iniciaram conversas com forças políticas menores, uma vez que os partidos têm um período de 30 dias após as eleições para negociar e tentar chegar a acordos sobre uma configuração que lhes permite governar.

O Partido Democrático Popular, uma cisão da legenda de Noda e situada na centro-direita, conseguiu quadruplicar a sua representação para 28 assentos nas eleições, e pode agora ser uma das peças-chave de um futuro governo.

A formação afirmou nesta terça-feira que poderia cooperar em algumas políticas com a coalizão governante liderada por Ishiba, mas por enquanto descarta aderir diretamente ao Executivo, uma vez que sua prioridade é “fazer todo o possível para levar adiante as suas próprias políticas”.

“Se o bloco governante se apegar às mesmas ideias e estratégias na tomada de decisões, será difícil manter o governo porque não tem maioria. Queremos que ouçam humildemente as vozes do povo”, disse o líder do Partido Democrático Popular, Yuichiro Tamaki em entrevista coletiva nesta terça-feira.

Apesar desta mensagem, Tamaki observou que “se a oposição tentar bloquear tudo, não conseguiremos manter o país em funcionamento”, deixando a porta aberta para apoiar algumas políticas do PLD.

O conservador PLD conquistou 191 assentos, uma queda acentuada frente aos 256 que obteve nas eleições anteriores de 2021, enquanto seu parceiro de coligação, Komeito, obteve 24 (oito a menos), e o PDC foi o grande vencedor, aumentando sua representação parlamentar de 98 assentos para 148.

O conservador Partido da Inovação, a terceira força parlamentar e com ampla representação na província de Osaka, apesar de ter perdido seis assentos e terminar com 38, descartou qualquer chance de adesão ao PLD e ao Komeito caso não alcançassem a maioria juntos.

Já o conservador e populista Reiwa conseguiu triplicar os seus assentos para nove e o Partido Comunista do Japão perdeu dois, ficando com oito, enquanto três assentos foram para o Partido dos Idosos e 12 para candidatos independentes.

Estes resultados abrem um período de grande incerteza política para o Japão. Tanto o PLD de Ishiba como o PDC de Noda expressaram sua vontade de buscar possíveis alianças que lhes permitam governar, embora por enquanto tenham descartado qualquer chance de o fazerem juntos.

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