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Após morte de Nasrallah, Netanyahu afirma que “trabalho ainda não está concluído”

O premiê israelense revelou ainda que autorizou na véspera o bombardeio contra o quartel-general do Hezbollah, nos subúrbios ao sul de Beirute

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 28 de setembro de 2024 às 17h36.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez neste sábado sua primeira declaração pública após o assassinato em Beirute do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e disse que, apesar de se tratar de um progresso, “o trabalho ainda não está concluído”.

"Fizemos grandes conquistas, mas o trabalho ainda não está concluído. Nos próximos dias enfrentaremos desafios importantes e os enfrentaremos juntos", disse Netanyahu em uma mensagem de vídeo.

O premiê israelense revelou ainda que autorizou na véspera o bombardeio contra o quartel-general do Hezbollah, nos subúrbios ao sul de Beirute, por considerar que eliminar Nasrallah era “uma condição necessária” para devolver os residentes do norte às suas casas e “alterar o equilíbrio de poder” na região ao longo dos anos.

“Porque enquanto Nasrallah vivesse, restauraria rapidamente as capacidades que tiramos do Hezbollah. Foi por isso que dei a ordem e Nasrallah já não está entre nós”, explicou Netanyahu.

Em uma longa mensagem, tingida de palavras de gratidão à Força Aérea, ao Ministério da Defesa e aos serviços de inteligência, Netanyahu também fez um apelo à unidade aos cidadãos israelenses, os quais descreveu como um "povo unido e poderoso, determinado a garantir sua existência e seu futuro”.

“Não há lugar no Irã ou no Oriente Médio  onde o longo braço de Israel não alcance e hoje sabemos como isso é verdade”, advertiu o premiê.

Desde o último dia 17 de setembro, Israel tem realizado uma série de ataques sem precedentes contra o Líbano, começando com duas ondas de explosões em milhares de dispositivos de comunicação de membros do Hezbollah e um grande bombardeio contra os seus comandantes nos arredores de Beirute.

Esses ataques, somados à campanha aérea em curso, já deixaram mais de mil mortos e seis mil feridos em pouco mais de dez dias, segundo informou hoje o ministro da Saúde Pública do Líbano, Firas Abiad, em coletiva de imprensa.

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