Mundo

Após morte de Bin Laden, Obama devolve foco à economia dos EUA

Presidente enfatizou que tem um plano para lidar com os preços do petróleo

Obama: "Apesar de nossa economia não ter sido notícia essa semana, não há um dia em que eu não esteja focado nos seus empregos, nos seus sonhos e esperanças" (Chip Somodevilla/Getty Images)

Obama: "Apesar de nossa economia não ter sido notícia essa semana, não há um dia em que eu não esteja focado nos seus empregos, nos seus sonhos e esperanças" (Chip Somodevilla/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2011 às 17h03.

WASHINGTON - Passada a euforia nacional pela morte do inimigo mais procurado do país, o presidente dos EUA, Barack Obama voltou nesse sábado a enfrentar a ameaça que o alto preço da gasolina e a taxa de desemprego representam para a sua esperança de ser reeleito em 2012.

Seis dias depois de anunciar que forças especiais dos EUA haviam matado o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, o presidente Obama fez uma declaração sóbria no seu discurso semanal no rádio, dizendo que ele entendia que muitos americanos seguem atravessando momentos difíceis.

"Apesar de nossa economia não ter sido notícia essa semana, não há um dia em que eu não esteja focado nos seus empregos, nos seus sonhos e esperanças," ele disse.

A raiva da população por causa do aumento dos preços na bomba de gasolina pressionou Obama a procurar meios de oferecer um alívio rápido aos consumidores, uma vez que ele busca a reeleição em 2012.

O índice de aprovação de Obama subiu rapidamente depois da notícia do ataque mortal ao esconderijo de bin Laden, no Paquistão. Mas a eleição de 2012 também dependerá de questões muito mais próximas, como o custo da gasolina e a percepção de estabilidade no emprego.

A média de preço da gasolina é de quase 4 dólares por galão (3,7 litros) em todo país, mais de um dólar mais caro do que no ano passado, e isso é um risco potencialmente sério para o seu futuro político.


Obama, que gravou a sua mensagem em uma fábrica de autopeças em Indiana, que ele visitou na sexta-feira para promover as políticas de energia, que ele disse que vai ajudar os americanos a se libertarem do caro petróleo estrangeiro, disse que o crescente aumento da gasolina representa um fardo pesado para o país.

"Muitas pessoas ainda estão procurando emprego. E muitos dos que estão empregados estão descobrindo que seus salários não estão acompanhando o aumento dos custos de tudo, da instrução aos mantimentos e ao combustível," ele disse. "Aliás, em muitos lugares do país, como Indiana, a gasolina está alcançando os mais altos patamares de todos os tempos."

Em seu discurso no rádio, Obama enfatizou que tem um plano para lidar com os preços do petróleo.

"Em longo prazo, a única maneira de evitar que nos tornemos reféns da subida e descida dos preços do petróleo é reduzirmos a nossa dependência nele. Isso significa investir em fontes limpas e alternativas de energia," disse ele.

Acompanhe tudo sobre:Barack ObamaEstados Unidos (EUA)Osama bin LadenPaíses ricosPersonalidadesPolíticaPolíticos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia