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Após massacre, Parkland volta às aulas em vigilância reforçada

Câmeras adicionais, mais equipes de segurança e apenas um ponto de entrada - vigiado - para entrar no campus, foram algumas das medidas adotadas

Marjory Stoneman Douglas: há seis meses, a escola foi palco de massacre protagonizado por Nikolas Cruz, que matou 17 pessoas (Joe Skipper/Reuters)

Marjory Stoneman Douglas: há seis meses, a escola foi palco de massacre protagonizado por Nikolas Cruz, que matou 17 pessoas (Joe Skipper/Reuters)

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AFP

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 20h42.

Os estudantes da escola Marjory Stoneman Douglas (MSD) começaram um novo ano escolar nesta quarta-feira (15) com segurança e vigilância reforçadas seis meses depois do ataque a tiros neste colégio em Parkland, na Flórida, que deixou 17 mortos e 17 feridos.

"Não voltará a ser igual", disse a sobrevivente Lauren Hogg, de 15 anos e coautora, junto com seu irmão David Hogg, de um livro sobre o ativismo contra as armas.

"Não consigo evitar de pensar continuamente, não apenas em mim e nos meus amigos da escola, como nos meus amigos de outras escolas que não têm tantas precauções de segurança como nós temos agora", disse à ABC News.

As cercas ao redor da escola continuavam cobertas com cartazes que diziam "seja forte".

O edifício específico onde ocorreu o ataque continua fechado e ainda é considerado uma cena de crime pela polícia.

Mas houve mudanças nos outros edifícios da MSD: câmeras adicionais, mais equipes de segurança e apenas um ponto de entrada - vigiado - para entrar no campus, entre outras medidas.

Estas respondem a um financiamento de cerca de seis milhões de dólares para o condado de Broward - ao qual Parkland pertence - destinado a aumentar a segurança nas escolas.

No entanto, essas ações não são garantia de que todos voltem às aulas.

O sobrevivente Anthony Borges, que levou cinco tiros e ainda se recupera de suas feridas, disse à ABC News que não irá à MSD.

"Talvez eu não tenha tanta sorte da próxima vez, caso isso volte a acontecer", disse Borges, de 15 anos e de origem venezuelana.

Borges, que deixou o hospital em abril, foi apelidado de "Homem de Ferro" por receber os disparos quando tentava fechar uma porta onde 20 colegas se escondiam.

A Promotoria pede pena de morte para Nikolas Cruz, o jovem agressor, em um julgamento que pode começar no final do ano que vem.

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