Mundo

Após Jirau, obras de Santo Antônio são paralisadas

A Camargo Corrêa informou que era "improcedente" a informação de que reivindicações trabalhistas teriam sido o motivo inicial dos incidentes

O Ministério da Justiça autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública para a manutenção da segurança pública em Rondônia (Ministério da Justiça)

O Ministério da Justiça autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública para a manutenção da segurança pública em Rondônia (Ministério da Justiça)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 21h27.

São Paulo - As obras da usina de Santo Antônio, que junto com Jirau formam o complexo hidrelétrico do Rio Madeira (RO), foram paralisadas hoje. O consórcio responsável pela construção da usina tomou essa decisão por precaução, por conta dos conflitos que ocorreram nos últimos dias na hidrelétrica de Jirau. O consórcio construtor de Santo Antonio deve divulgar ainda hoje uma nota com mais informações.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Rondônia vai instalar uma vara itinerante para ouvir os trabalhadores da hidrelétrica de Jirau. A instalação foi sugerida pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, que disse estar preocupado com a situação dos empregados e da construtora Camargo Corrêa, por conta dos conflitos.

Segundo o TST, a ideia é analisar as reivindicações dos trabalhadores. A Camargo Corrêa informou ontem que era "improcedente" a informação de que reivindicações trabalhistas teriam sido o motivo inicial dos incidentes. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia também divulgou uma nota em que afirmou que os conflitos não foram motivados por questões trabalhistas.

O Ministério da Justiça autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública "em caráter episódico e planejado" para a manutenção da segurança pública em Rondônia, depois do quebra-quebra ocorrido nos canteiros da obra da usina hidrelétrica de Jirau. A Força ficará no local por 30 dias, prorrogáveis se necessário.

Ontem, depois de ouvir a construtora Camargo Corrêa e avaliar as informações do Ministério das Minas e Energia e dos relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o governo decidiu mobilizar um contingente da Força Nacional e da Policia Federal para assumir o controle da situação. A construtora retirou para a capital, Porto Velho, seus 19 mil trabalhadores dos canteiros nas duas margens do Rio Madeira, paralisou tudo e não tem prazo para a retomada das obras.

O governo federal não tem dúvida de que os atos de vandalismo foram comandados por cerca de duas centenas de homens encapuzados. Eles incendiaram 45 ônibus e 15 blocos de alojamento, além dos refeitórios e de toda a área de lazer. No meio do tumulto, segundo informações levadas ao Planalto, eles chegaram a assaltar os caixas eletrônicos usados pelos trabalhadores para fazer saques de dinheiro no dia a dia do canteiro.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCamargo CorrêaConstrução civilDados de BrasilEmpresasEmpresas brasileirasEnergia elétricaHidrelétricasRondônia

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'