Pelos dados das organizações de direitos humanos do país, 24 prisões enfrentam problemas de superlotação (Andrew Bardwell/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 11h01.
Brasília – Uma comissão especial, formada por seis ministros, vai investigar o sistema penitenciário em Honduras e apontar alternativas para evitar incidentes como o ocorrido há uma semana, quando um incêndio matou mais de 350 pessoas. O presidente hondurenho, Porfirio Pepe Lobo, anunciou a decisão de criar a comissão.
De acordo com Pepe Lobo, farão parte da comissão os ministros dos Direitos Humanos, Ana Pineda; de Segurança, Pompeu Bonilla; de Planejamento, Julio Raudales; de Investimento Social, Edgar Martinez; da Família, Felipe Morales; e do Desenvolvimento Social, Hilda Hernandez.
No último dia 14, um incêndio atingiu a penitenciária de Comayagua, no Norte de Honduras. No local havia o dobro da capacidade de detentos – mais de 800 pessoas. No incêndio morreram mais de 350. A investigação criteriosa sobre a situação dos presídios em Honduras foi cobrada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Pelos dados das organizações de direitos humanos do país, 24 prisões enfrentam problemas de superlotação. Segundo essas organizações, as penitenciárias foram construídas para abrigar cerca de 8 mil prisioneiros, mas sua capacidade foi excedida em até 50%. Em julho de 2010, o governo hondurenho declarou emergência em nove prisões que entraram em colapso por superlotação.
Após o incêndio em Comayagua, ainda há 471 detentos hospitalizados. Os parentes dos mortos pressionam as autoridades para a liberação dos corpos e a investigação das causas do incêndio. As autoridades informaram que há dificuldades na identificação dos corpos devido à gravidade das queimaduras. Com informações da emissora multiestatal de televisão, Telesur.