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Após fracasso eleitoral na França, líder dos Republicanos renuncia

Laurent Wauquiez decidiu deixar o posto após seu partido receber apenas 8,48% dos votos nas eleições para o Parlamento Europeu

Ao renunciar ao cargo, o dirigente justificou que não quer ser "um obstáculo, a nenhum custo" (Stephane Mahe/Reuters)

Ao renunciar ao cargo, o dirigente justificou que não quer ser "um obstáculo, a nenhum custo" (Stephane Mahe/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de junho de 2019 às 17h55.

Última atualização em 2 de junho de 2019 às 17h55.

Paris — Laurent Wauquiez, presidente do partido Os Republicanos, da direita francesa, anunciou neste domingo que deixará o cargo devido ao "fracasso" nas eleições para o Parlamento Europeu no fim do mês passado.

Em entrevista ao canal "TF1", Wauquiez disse que deixa as funções de presidente e que essa "é a única decisão responsável" diante da atual situação.

"Essas eleições foram um fracasso", disse o político em relação aos 8,48% dos votos que o partido obteve. Os Republicanos terminaram na quarta posição na França, atrás da Frente Nacional, da ultradireitista Marine Le Pen; do Em Marcha!, do presidente francês, Emmanuel Macron; e dos Verdes.

Ao renunciar ao cargo, o dirigente justificou que não quer ser "um obstáculo, a nenhum custo", para a reconstrução da direita. Segundo ele, o objetivo é evitar "que a direita seja um deserto político entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen".

Wauquiez, de 44 anos, tinha chegado à liderança dos Republicanos em agosto de 2017, depois da derrota do seu candidato nas eleições presidenciais, François Fillon, para Macron no primeiro turno.

A linha conservadora de Wauquiez foi nitidamente refletida com a escolha de François-Xavier Bellamy como cabeça de lista para as eleições europeias, um jovem filósofo de 33 anos que gerou polêmica por se manifestar contra o aborto, entre outras opiniões controversas.

Ao longo da semana, diversos dirigentes do partido tinham sugerido que renunciasse ao posto. A pressão aumentou na sexta-feira, quando vazaram os planos de 20 deputados para criar um grupo próprio na Assembleia Nacional, separado dos Republicanos.

Wauquiez explicou que assumia a sua responsabilidade porque, enquanto "as vitórias são coletivas, as derrotas são solitárias".

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