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Após Espanha, EUA e Itália começam a afrouxar quarentena

Após parada pelo coronavírus, parte do comércio volta a reabrir no estado da Flórida. Itália começa a retomar a rotina após oito semanas

Coronavírus: os dois países com mais mortes por covid-19 começam a flexibilizar a quarentena (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

Coronavírus: os dois países com mais mortes por covid-19 começam a flexibilizar a quarentena (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 4 de maio de 2020 às 06h22.

Última atualização em 4 de maio de 2020 às 15h49.

Após a Espanha iniciar uma volta à rotina, semana passada, os dois países com mais mortes pelo coronavírus começam, cada um no seu passo, a retomar a rotina nesta segunda-feira.

Na Itália, onde mais de 28.000 pessoas morreram, a quarentena foi uma das mais restritas do mundo, 4,5 milhões de pessoas voltaram ao trabalho após oito semanas em casa. Fábricas estão reabrindo, mas bares e restaurantes permitirão apenas retiradas, e escolas, cinemas e teatros seguirão fechados por data ainda não definida.

O país registrou ontem 174 mortes, a menor taxa desde o início do isolamento. Nos Estados Unidos, o número de mortes diárias está em queda desde quarta-feira, e chegou a quase 1.500 por dia, de longe o mais alto do mundo. Ainda assim, estados começam a flexibilizar a quarentena.

A Flórida começa nesta segunda-feira (4) sua primeira fase de reabertura de atividades comerciais e relaxamento das regras de confinamento impostas há quatro semanas.

Num primeiro momento, apenas algumas regiões participarão do teste. Os condados de Miami-Dade, Broward e Palm Beach, que tiveram o maior número de casos de covid-19 no estado continuam em quarentena. No restante do estado, lojas de varejo e restaurantes poderão abrir com 25% de sua capacidade. Cirurgias eletivas também serão retomadas, mas escolas, bares, academias e spas continuam fechados por ora.

Sob uma enorme pressão por conta dos 30 milhões de trabalhadores que perderam seus empregos desde 21 de março –18% da população em idade ativa –, e na expectativa por uma das piores recessões da história do país, cerca de metade dos estados americanos já avançam nos planos para diminuir as restrições impostas pela pandemia.

As diretrizes iniciais de distanciamento social recomendadas da Casa Branca expiram na próxima quinta-feira.

A Macy’s, maior rede de lojas de departamento dos EUA, também planeja reabrir 68 lojas nesta segunda-feira nos estados que afrouxaram os bloqueios, depois de ficarem fora da operação desde 18 de março. Em seis semanas, a companhia espera que todas as suas 775 lojas estejam funcionando normalmente no país.

Os Estados Unidos são o país mais afetado pela covid-19 e chegaram à marca de 60.000 mortos pela doença na semana passada, segundo contagem feita pela universidade americana Johns Hopkins.

Ainda assim, em meio à crise, há esperança em um novo tratamento, feito com o remédio antiviral experimental remdesivir, que provou ser eficaz em um teste clínico importante.

Além disso, num sinal de que o pior já passou, o navio hospital de 1.000 leitos Comfort saiu de Manhattan na quinta-feira após um mês. O estado de Nova York era o mais afetado do país.

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