Mundo

Bandeira dos EUA é queimada no parlamento do Irã; veja vídeo

Gesto simbólico acontece no dia seguinte ao anúncio de Trump de que os EUA deixam o acordo nuclear assinado em 2015 entre Irã e seis grandes potências

EUA: este gesto simbólico acontece no dia seguinte ao anúncio de Trump de que os EUA deixam o acordo assinado em 2015 (Majid Saeedi/Getty Images)

EUA: este gesto simbólico acontece no dia seguinte ao anúncio de Trump de que os EUA deixam o acordo assinado em 2015 (Majid Saeedi/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 9 de maio de 2018 às 07h26.

Última atualização em 9 de maio de 2018 às 10h09.

Teerã - Um grupo de deputados ateou fogo na bandeira dos Estados Unidos, nesta quarta-feira, na sede do Parlamento do Irã, assim como em um documento que representava o acordo nuclear, em protesto pela decisão do presidente americano, Donald Trump, de se retirar do pacto.

O parlamentar conservador e chefe do comitê nuclear, Moytaba Zolnuri, subiu na tribuna do plenário e, antes de queimar a bandeira americana, gritou o lema revolucionário: "morte aos EUA".

https://twitter.com/radiojibi/status/994154841013399552

Outros deputados saudaram com entusiasmo a queima da bandeira e gritaram: "Vocês incendiaram o JCPOA (sigla em inglês do pacto) e nós queimamos a bandeira de vocês".

Este gesto simbólico acontece no dia seguinte ao anúncio de Trump de que os EUA deixam o acordo assinado em 2015 entre Irã e seis grandes potências e que voltará a impor sanções econômicas contra o Teerã.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, anunciou ontem à noite que o Irã "continuará" no acordo nuclear se seus interesses estiverem garantidos, e tomará "decisões" mais adiante em caso contrário.

Entre essas medidas, Rohani advertiu que o Irã pode voltar a enriquecer urânio a "nível industrial".

O objetivo agora é conversar com os demais signatários do pacto - Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha - para comprovar se preservarão o acordo.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, informou que "em resposta às persistentes violações dos EUA e a retirada ilegal do acordo nuclear "vai realizar" um esforço diplomático para descobrir se os outros signatários do JCPOA podem garantir seus benefícios completos para o Irã".

"O resultado (dessas consultas) determinará a nossa resposta", disse Zarif, em sua conta do Twitter, alinhado com o anúncio feito pelo presidente.

O JCPOA limita o programa nuclear de Teerã em troca do levantamento de sanções, mas, segundo Trump, é "desastroso" e não cumpre seu objetivo de o Irã não conseguir a bomba atômica.

Acompanhe tudo sobre:Armas nuclearesCrise políticaDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Irã - PaísTestes nucleares

Mais de Mundo

Trump se mostra 'aberto a conversar' com UE antes da entrada em vigor de tarifas

México prevê fechar acordo com EUA até 1º de agosto para evitar novas tarifas

China envia âncoras de sucção para megaprojeto do pré-sal brasileiro no campo de Mero

'Imaturo' x 'traidora': Troca de farpas entre Milei e sua vice expõe crise no governo da Argentina