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Após decisão da Suprema Corte, EUA diz que detenções de imigrantes não se baseiam em perfil racial

Declaração foi feita um dia após tribunal suspender uma decisão que impedia prisões em Los Angeles com base em preconceitos raciais ou sem causa razoável

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 14h40.

Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 14h50.

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O governo dos Estados Unidos negou nesta terça-feira, 9, que os agentes de imigração do país prendam pessoas com base em sua aparência física e afirmou que “muitos fatores” são levados em consideração na hora de realizar uma detenção.

A declaração foi feita pelo chamado “czar da fronteira” da Casa Branca, Tom Homan, um dia após a Suprema Corte suspender uma decisão de um tribunal inferior que impedia prisões em Los Angeles com base em preconceitos raciais ou sem causa razoável.

“Os agentes do ICE [Serviço de Imigração e Controle Alfandegário] não utilizam o perfil racial. A lei estabelece que, para prender alguém, é necessária uma suspeita razoável, e é exatamente isso que os homens e mulheres do ICE fazem”, explicou Homan à imprensa na Casa Branca.

Ele acrescentou que os agentes de imigração consideram “muitos fatores” antes de deter uma pessoa e disse que eles recebem treinamento a cada seis meses, com base na Quarta Emenda da Constituição, que proíbe detenções arbitrárias.

As operações migratórias realizadas pelo governo do presidente Donald Trump têm sido criticadas por organizações de defesa dos direitos dos imigrantes, que denunciam que elas se baseiam na aparência das pessoas, na cor da pele, nas tatuagens, no idioma que falam ou no tipo de trabalho que realizam.

Em julho, um tribunal da Califórnia proibiu o governo de realizar prisões com base em preconceitos raciais ou sem causa justificada, mas ontem a Suprema Corte suspendeu a decisão.

A decisão representa um duro revés para os imigrantes do sul da Califórnia afetados pelas operações policiais em massa.

“Quando o ICE me deteve, nunca mostraram um mandado judicial nem explicaram o motivo. Agora o Supremo Tribunal diz que isso está certo? Isso não é justiça. É racismo com distintivo”, declarou, em comunicado, Pedro Vásquez Perdomo, imigrante que lidera a ação na justiça contra a Casa Branca.

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