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Após confirmar tarifaço para Canadá, México e China, Trump fala em impor medida à Europa

Presidente prometeu colocar taxas sobre microchips, petróleo, gás e aço e rever relação com UE

Donald Trump anuncia novas tarifas para a União Europeia (ROBERTO SCHMIDT/AFP)

Donald Trump anuncia novas tarifas para a União Europeia (ROBERTO SCHMIDT/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 31 de janeiro de 2025 às 19h15.

Última atualização em 31 de janeiro de 2025 às 20h42.

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O presidente americano, Donald Trump, disse nesta sexta-feira, 31, que vai impor tarifas à União Europeia no futuro, às vésperas de taxar produtos da China, México e Canadá. “Vou impor tarifas sobre a União Europeia? Você quer uma resposta honesta ou eu lhe dou uma resposta política? Com certeza. A União Europeia tem nos tratado de forma terrível”, disse Trump aos repórteres no Salão Oval, onde assinava uma ordem executiva sobre desregulamentação.

Trump também afirmou que México, Canadá e China "nada podem fazer para evitar as tarifas que serão impostas". Além disso, disse que pretende taxar microchips, petróleo, gás e aço.

O presidente ressaltou a postura implacável de sua administração em relação a tarifas e sua intenção de pressionar economias globais.

O preço do petróleo subiu no final do pregão após os comentários de Trump. O West Texas Intermediate avançou para US$ 73,33 às 16h em Nova York, depois de ter se estabelecido em $72,53. Os futuros do cobre em Nova York areduziram brevemente algumas das perdas do dia.

Trump também disse que não estava preocupado com os avisos de economistas de que as tarifas poderiam impulsionar o crescimento dos preços, uma preocupação para os eleitores que ajudou a levá-lo de volta à Casa Branca.

"As tarifas não causam inflação", insistiu Trump.

O presidente falou algumas horas depois que a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Trump cumpriria sua promessa de aplicar tarifas de 25% sobre o Canadá e o México e uma taxa separada de 10% sobre produtos da China no sábado.

Essas tarifas são uma resposta ao que Trump afirma ser uma falha desses países em ajudar a evitar o fluxo de migrantes indocumentados e drogas ilegais, como o fentanil, através das fronteiras dos EUA.

Trump já havia prometido tarifas setoriais — sobre chips, produtos farmacêuticos, aço, alumínio e cobre — como uma tentativa de reformular as cadeias de suprimento e forçar os fabricantes a transferir a produção para os EUA, mas não especificou quando elas entrariam em vigor.

Ele também ordenou relatórios, previstos para 1º de abril, sobre questões comerciais gerais e tarifas, que podem levá-lo a aplicar novas taxas ou a abandonar o pacto comercial continental que renegociou com o Canadá e o México em seu primeiro mandato.

E sua administração está investigando se a China cumpriu o acordo comercial firmado em seu primeiro mandato, preparando o terreno para tarifas contra a segunda maior economia do mundo.

Todas essas medidas destacam como Trump está avançando em seu segundo mandato para implementar um ponto central de sua agenda comercial — remodelar a economia dos EUA, impondo tarifas sobre uma ampla gama de importações e tanto sobre aliados quanto adversários.

Economistas alertam que as tarifas aumentariam o custo dos materiais importados usados pelos fabricantes dos EUA, elevando os preços para os consumidores americanos, que já estão preocupados com a inflação, e reduzindo os fluxos globais de comércio.

Ainda assim, o presidente dos EUA é um declarado defensor das tarifas, insistindo que elas trarão um renascimento na manufatura doméstica. E ele tem promovido as tarifas como uma fonte de receita enquanto busca renovar e expandir os cortes de impostos que estão prestes a expirar e aprovar uma série de outros créditos e benefícios.

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