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Após "caçada", Reino Unido localiza viajante infectado pela variante brasileira

A "caçada" ocorre num momento de queda no número de casos da covid-19 no Reino Unido, mas de preocupação internacional com a variante que surgiu no Brasil

Aeroporto de Londres, no Reino Unido (Hollie Adams/Getty Images)

Aeroporto de Londres, no Reino Unido (Hollie Adams/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de março de 2021 às 15h31.

A pessoa que estava sendo procurada no Reino Unido por ter contraído a variante de Manaus do novo coronavírus foi encontrada, informaram autoridades nesta sexta-feira, 5, encerrando a 'caçada' que durava uma semana.

A Public Health England (PHE) anunciou no domingo, 28, que seis pessoas no Reino Unido haviam sido diagnosticadas com a nova cepa da doença, entre elas uma que não havia sido localizada. Especialistas acreditam que o indivíduo contaminado realizou o teste em casa ou utilizou um kit de teste fornecido por autoridades locais, entre os dias 12 e 13 de fevereiro, mas não preencheu os dados de contato.

 

A variante brasileira (P1) foi detectada pela primeira vez em três pessoas na Inglaterra e em outras três que voaram do Brasil para a Escócia. A 'caçada' a esse viajante - que não teve a identidade revelada - ocorre num momento de queda no número de casos da covid-19 no Reino Unido, mas de preocupação internacional com a variante que surgiu no Brasil.

O Grupo Consultivo de Ameaças de Vírus Respiratórios Novos e Emergentes do Reino Unido (Nervtag) designou a P1 como uma "variante de preocupação" e alertou que as vacinas podem não funcionar tão bem contra a cepa brasileira, considerada responsável pelo ressurgimento de infecções na capital do Amazonas no início do ano.

A variante já foi identificada em países como França, Reino Unido, Alemanha, Espanha e Japão, assim como em 17 Estados brasileiros. O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) listou três variantes como "preocupantes": a do Reino Unido (B.1.1.7), a da África do Sul (B.1.351) e a brasileira P1. De acordo com o ECDC, a preocupação está ligada a uma taxa de transmissão mais elevada e à possível redução dos efeitos da vacina.

Segundo o Financial Times, a PHE trabalhou ao lado de serviços postais para determinar onde o teste foi feito e restringiu a procura a 397 casas no sudeste da Inglaterra. O departamento negou comentar onde o viajante foi encontrado.

Até o momento, não há evidências de transmissão entre pessoas na Inglaterra da variante P.1.

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