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Após aumento recorde, casos de coronavírus na Rússia passam de 100 mil

Putin declarou que medidas de isolamento terão que ser mantidas por mais duas semanas e alerta que pico do surto ainda não chegou

Rússia: autoridades começaram a registrar um aumento acentuado de casos em abril depois de computarem muito menos casos do que outros países no início do surto (FW1F/Tim Heritage/Reuters)

Rússia: autoridades começaram a registrar um aumento acentuado de casos em abril depois de computarem muito menos casos do que outros países no início do surto (FW1F/Tim Heritage/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2020 às 12h33.

O número de casos confirmados de coronavírus na Rússia passou da marca de 100 mil nesta quinta-feira (30), após um aumento diário recorde de casos novos e dias depois de o presidente Vladimir Putin alertar que o pico do surto ainda está por vir.

A Rússia, o maior país do mundo por território, está em isolamento desde que Putin anunciou o fechamento da maioria dos espaços públicos no final de março.

Nesta semana, o país ultrapassou China e Irã em número de casos confirmados. Mas, embora esteja subindo na lista dos países com a maior quantidade de casos confirmados, até agora registrou muito menos mortes do que aqueles mais atingidos.

Atualmente a Rússia tem 106.498 casos, disse o centro de reação de crise do coronavírus do país nesta quinta-feira, acrescentando que 101 pessoas diagnosticadas morreram nas últimas 24 horas. Com isso, o total oficial de mortes está em 1.073 pessoas.

As autoridades começaram a registrar um aumento acentuado de casos neste mês depois de computarem muito menos casos do que outros países nos estágios iniciais do surto.

Hoje a Rússia está em sua quinta semana de um isolamento que, além de derrubar os preços do petróleo, colocou a economia a caminho de uma contração de 4% a 6%, de acordo com o Banco Central.

Em um pronunciamento nacional de televisão realizado na terça-feira, Putin disse que as medidas de isolamento terão que ser mantidas por mais duas semanas, e alertou que o pico do surto ainda virá.

"A situação ainda é muito difícil", disse. "Estamos diante de um estágio novo, e talvez o mais intenso, no enfrentamento da epidemia".

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