Vulcão Kilauea: equipes de emergência do Havaí alertaram alguns moradores a "partirem já" depois que uma nova fissura se abriu no solo e mais estruturas foram destruídas (Jeremiah Osuna/Reuters)
Reuters
Publicado em 7 de maio de 2018 às 11h16.
Pahoa, Havaí - Equipes de emergência do Havaí alertaram alguns moradores a "partirem já" depois que uma nova fissura se abriu no solo e mais estruturas foram destruídas pelo fluxo de lava do vulcão Kilauea.
O Kilauea já destruiu 26 casas e obrigou 1.700 pessoas a deixarem suas residências desde que entrou em erupção na quinta-feira, soltando lava e gases tóxicos por suas crateras na maior ilha do Havaí.
Uma nova fissura se abriu na noite de domingo na área de Leilani Estates, situada a cerca de 19,2 quilômetros do vulcão, e moradores receberam por celular um alerta para que saíssem de suas casas para evitar o dióxido de enxofre, gás que pode ameaçar a vida.
Até agora não foram relatadas vítimas nem grande danos, de acordo com a Agência de Defesa Civil do Condado do Havaí.
Os moradores que partiram de Leilani Estates tiveram permissão de voltar para recolher animais de estimação e remédios e verificar suas propriedades no domingo, mas alguns, como Jeremy Wilson, encontraram suas casas cercadas por fissuras no solo, algumas com centenas de metros de extensão.
"Minha casa está bem no meio", disse Wilson, que recuou com seu carro quando viu vapor emanando das rochas na rua adiante.
A área arborizada e rural de Leilani Estates havia atraído recém-chegados à ilha dispostos a arriscar morar perto do vulcão ativo em troca de preços mais acessíveis nas propriedades.
As erupções de lava devem continuar, assim como os tremores secundários de um terremoto de magnitude 6,9 registrado na sexta-feira, o maior na área desde 1975, segundo o Observatório de Vulcões do Havaí. Um fluxo de lava avançou 600 metros depois de partir de uma das crateras.
Geólogos disseram que a atividade lembra um evento de 1955, quando as erupções duraram 88 dias na área e cobriram cerca de 4 mil acres com lava.
Jessica Gauthier, de 47 anos, disse que ela e outros corretores imobiliários locais tiveram cancelamentos de aluguéis de propriedades de férias, embora a atividade vulcânica esteja confinada a uma área relativamente isolada distante dos centros turísticos.
"Não há como saber disso se você está sentado em sua sala de estar assistindo ao noticiário nacional", disse. Mas ela previu que os negócios se recuperarão, já que um novo tipo de visitante começou a aparecer.
"Dentro de um mês começaremos a receber os turistas da lava", explicou, falando das pessoas que vão ao Havaí conhecer seus vulcões ativos.