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Após ajuda dos EUA à Argentina, Milei se reunirá com Trump na Casa Branca

Encontro ocorrerá 12 dias antes de uma das cruciais eleições legislativas na Argentina e, segundo o governo argentino, reforça a ‘aliança estratégica’ entre os países

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 17h21.

Última atualização em 30 de setembro de 2025 às 17h37.

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O presidente argentino, Javier Milei, será recebido por Donald Trump na Casa Branca no próximo dia 14 de outubro, após o anúncio, na semana passada, de um auxílio financeiro dos Estados Unidos a um de seus principais aliados na região.

O governo de Milei indicou em um comunicado que a reunião, que ocorrerá 12 dias antes de uma das cruciais eleições legislativas na Argentina, reforça a "aliança estratégica" entre os países.

Milei e Trump se reuniram na última quarta-feira, em Nova York, no marco da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde o mandatário americano ofereceu um forte respaldo político e econômico ao governo do ultraliberal argentino.

O anúncio de um auxílio financeiro dos Estados Unidos com uma linha de swap de US$ 20 bilhões (R$ 106,3 bilhões) com o Banco Central argentino conseguiu deter uma corrida cambial que colocou Milei em apuros a menos de um mês das legislativas nacionais de 26 de outubro.

O socorro inclui a compra de dívida pública argentina e uma linha de crédito direto do governo dos Estados Unidos, cujo montante e detalhes não são conhecidos.

A Argentina tem "um apoio nunca visto na história do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump", destacou nesta terça-feira Milei em uma entrevista ao canal de televisão A24.

"Caso a Argentina necessite dos fundos, os Estados Unidos nos dão o dinheiro para honrar a dívida", disse o presidente sobre o mecanismo de swap, que também existe com a China.

A Argentina deve enfrentar vencimentos de cerca de US$ 4 bilhões (R$ 21,2 bilhões) em janeiro de 2026 e de US$ 4,5 bilhões (R$ 23,9 bilhões) em julho.

O país vive uma delicada situação econômica. A isso somam-se os reveses políticos do governo no Congresso, que colocaram Milei contra as cordas.

A magnitude da corrida contra o peso obrigou o Banco Central a vender mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) em apenas três dias para sustentar a moeda.

O dólar voltou a subir nesta terça-feira no volátil mercado cambial argentino e foi cotado a 1.400 pesos por unidade, 1,4% mais que na segunda-feira.

O governo de Milei assinou em abril um novo acordo de dívida de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), organismo que já havia concedido ao país cerca de US$ 50 bilhões (R$ 193 bilhões na cotação da época) em 2018.

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