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Após acordo, oposição britânica decide não apoiar antecipação das eleições

A proposta previa suspender as atividades do Parlamento duas semanas antes da data prevista para o Brexit

Reino Unido: Boris Johnson propôs eleições gerais para desbloquear o Brexit (Henry Nicholls/Reuters)

Reino Unido: Boris Johnson propôs eleições gerais para desbloquear o Brexit (Henry Nicholls/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 10h17.

O Alto Tribunal de Londres rejeitou, nesta sexta-feira, uma ação contra a decisão do primeiro-ministro, Boris Johnson, de suspender o Parlamento a partir da próxima semana e até 14 de outubro, duas semanas antes da data prevista para o Brexit.

O magistrado Ian Burnett autorizou, no entanto, um recurso para o caso na Suprema Corte em uma audiência que acontecerá em 17 de setembro.

A ação havia sido apresentada pela empresária e ativista anti-Brexit Gina Miller com o apoio de vários pesos pesados políticos - entre eles o ex-primeiro-ministro conservador John Major -, que consideram a suspensão parlamentaria uma manobra para amordaçar os opositores a um Brexit sem acordo.

"Minha equipe legal e eu não abandonaremos a luta pela democracia", afirmou Miller, que em 2017 venceu uma importante batalha judicial sobre o Brexit contra o governo de Theresa May.

"Abandonar agora seria faltar com o nosso dever", completou, antes de afirmar que luta "por todos e as futuras gerações".

Um juiz escocês já havia rejeitado na quarta-feira um caso similar por considerar que a decisão de Johnson faz parte do "domínio da política e não pode ser avaliada com critérios legais, apenas políticos".

Uma terceira demanda contra a suspensão parlamentar, apresentada na Irlanda do Norte, ainda será examinada.

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