Vista da zona verde, na cidade de Bagdá: na área, que ocupa uma superfície de 10 km² e está na margem do rio Tigre, estão, além das sedes governamentais, as embaixadas dos EUA e do Reino Unido (Wikicommons / Robert Smith)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2015 às 09h05.
Bagdá - As autoridades iraquianas reabriram ao público e ao tráfego de forma parcial a fortificada Zona Verde do centro de Bagdá, fechada desde 2003 para proteger as sedes do governo e do parlamento iraquianos e de embaixadas ocidentais.
Em algumas das principais avenidas da área, é possível transitar a pé ou em veículos. O porta-voz de Operações de Segurança da cidade, Saad Maan, informou à imprensa que as forças especiais do Exército ficarão a cargo da segurança no local para evitar qualquer ataque.
As autoridades abriram dois dos acessos ao tráfego, entre eles a chamada Al Alaui, em direção à ponte sobre o rio Tigre. Na noite deste domingo, o primeiro-ministro, Haidar al Abadi, recebeu um grupo de moradores na Zona Verde e destacou que a medida foi adotada "em resposta às demandas populares e para pôr fim às limitações de movimento da população".
Na Zona Verde, que ocupa uma superfície de 10 quilômetros quadrados e está situada na margem do rio Tigre, estão, além das sedes governamentais, as embaixadas dos Estados Unidos e do Reino Unido, entre outras.
Desde a invasão americana de 2003, os postos de controle e as barreiras de concreto impediam a passagem à região, que apesar de ser inacessível, foi alvo de alguns ataques. Um dos mais graves ocorreu em abril de 2007, quando um atentado suicida na cafeteria do parlamento causou pelo menos oito mortos, três deles deputados e cinco trabalhadores.
Atualmente, a situação de segurança em Bagdá melhorou, embora a ameaça do grupo terrorista Estado Islâmico seja uma realidade em todo o Iraque.