Mundo

Apoiadores de Trump protestam contra resultado das eleições americanas

O comboio de Trump passou em frente à Freedom Plaza, onde seus apoiadores gritavam "Mais quatro anos! Mais quatro anos!", ou "EUA! EUA!"

Eleições americanas: apoiadores de Trump protestaram neste sábado (14) em Washington (TASOS KATOPODIS/AFP)

Eleições americanas: apoiadores de Trump protestaram neste sábado (14) em Washington (TASOS KATOPODIS/AFP)

A

AFP

Publicado em 14 de novembro de 2020 às 16h37.

Última atualização em 14 de novembro de 2020 às 17h35.

Donald Trump perdeu a eleição presidencial, mas alguns de seus seguidores, entre eles grupos de extrema direita, tomam as ruas de Washington, D.C., neste sábado (14), para denunciar o que consideram um "roubo" eleitoral, apesar da ausência de elementos concretos que confirmem essa acusação.

Em seu trajeto da Casa Branca para ir jogar golfe, o presidente dos Estados Unidos, que ainda não reconheceu sua derrota para o democrata Joe Biden uma semana depois de conhecidos os resultados, pôde ver de sua limusine blindada suas centenas de simpatizantes reunidos no centro da cidade.

O comboio presidencial passou em frente à Freedom Plaza, onde seus apoiadores gritavam "Mais quatro anos! Mais quatro anos!", ou "EUA! EUA!".

Muitos deles agitavam bandeiras "Trump 2020", e alguns carregavam cartazes que diziam "Melhor presidente de todos os tempos", ou "Parem o roubo".

"É reconfortante ver todo o tremendo apoio, especialmente os comícios que estão surgindo naturalmente em todo país, incluindo um grande no sábado em (Washington) DC. Inclusive posso tentar passar e dizer oi", tuitou Trump na sexta-feira.

(TASOS KATOPODIS/AFP)

Com uma certa confusão, várias manifestações estavam previstas para hoje, apoiadas por personalidades da extrema direita como Enrique Tarrio, líder dos "Proud Boys", um grupo nacionalista.

Darion Schaublin dirigiu por mais de seis horas de Ohio para denunciar um "sistema completamente fraudado" e a "manipulação da mídia". Este jovem de 26 anos, que conta ter perdido o emprego em um restaurante por ter-se recusado a usar máscara contra a covid-19, duvida da "legitimidade" do resultado eleitoral.

Margarita Urtubey, uma criadora de cavalos de 49 anos, que saiu da Flórida com uma amiga de origem uruguaia como ela, acredita que "Trump venceu as eleições presidenciais com folga".

"Todo mundo sabe disso. Mas ele é contra a mídia, os gigantes da tecnologia, e a corrupção é horrível", denuncia ela, que usa o boné com o slogan de campanha de Trump "Make America Great Again". Ela se diz parte da "resistência".

Também foram convocados protestos anti-Trump para este sábado, em Washington, levantando preocupações sobre o clima tenso na capital dos EUA.

(Andrew CABALLERO-REYNOLDS/AFP)

Enquanto isso, o ex-vice-presidente de Barack Obama, que completa 78 anos na próxima semana, saiu na manhã deste sábado para um passeio de bicicleta perto de sua casa de férias em Rehoboth Beach, Delaware.

Os resultados de todos os estados já foram divulgados pelas grandes redes de televisão do país. Joe Biden obteve 306 votos eleitorais, contra 232 do presidente em final de mandato: exatamente os mesmos números, mas ao contrário, de 2016, quando Trump derrotou a democrata Hillary Clinton.

 

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEleições americanasEstados Unidos (EUA)Protestos no mundo

Mais de Mundo

Social-democratas nomeiam Scholz como candidato a chanceler nas eleições antecipadas

Musk critica caças tripulados como o F-35 — e exalta uso de drones para guerras

Líder supremo do Irã pede sentença de morte contra Netanyahu

Hezbollah coloca Tel Aviv entre seus alvos em meio a negociações de cessar-fogo