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Aplicativo para iPhone mostra ciclo de vida dos produtos aos consumidores

Mesmo dentro de sites de compras online como Amazon, eBay e PayPal, o consumidor pode procurar informações sobre produtos com a ferramenta

Na categoria de alimentos, é possível conhecer os fornecedores americanos das lojas do Pão de Açúcar, por exemplo. (Divulgação)

Na categoria de alimentos, é possível conhecer os fornecedores americanos das lojas do Pão de Açúcar, por exemplo. (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 08h28.

São Paulo - Criada nos Estados Unidos, a “Goodguide” é uma ferramenta on-line que permite aos consumidores americanos obterem informações sobre a sustentabilidade de produtos e serviços que consomem. Mesmo dentro de sites de compras online como Amazon, eBay e PayPal, o consumidor pode procurar informações sobre o produto através do buscador.

Os itens escolhidos estão nas categorias: alimentos, cuidados pessoais, limpeza doméstica, utensílios domésticos e até comida para animais. Os especialistas analisam o ciclo de vida destes produtos e os dados são registrados na ferramenta. O grupo é liderado por Dara O´Rourke, idealizador do projeto e professor de política ambiental e do trabalho na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos.

O guia pode ser usado no Brasil uma vez que 90 mil itens norte-americanos cadastrados no aplicativo vêm para cá. Dos produtos estrangeiros que chegaram ao território nacional em 2010, 15,1% vieram dos norte-americanos.

“Apesar de já funcionar há quatro anos, o 'Goodguide' ainda é uma ferramenta em construção e, mesmo nos Estados Unidos, muitos produtos ainda não estão cadastrados. Aqui no Brasil, testamos, com sucesso, perto de uma dezena de marcas internacionais, mas acreditamos que essa lista pode ser maior”, explica Alice Lobo, diretora executiva do Prêmio GreenBest.

“Ferramentas como o 'Goodguide' são importantes fontes de informação para consumidores de toda parte, já que os produtos tendem a ser os mesmos no mundo inteiro. Aliada às já consolidadas redes sociais, onde internautas relatam suas experiências com bens adquiridos, se tornam um instrumento muito útil para o consumo consciente”, analisa Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.

O projeto, sem fins lucrativos, é financiado por empresas conscientes que buscam fornecer capital para empreendedores inovadores que se preocupam com a sustentabilidade; e também recebe dinheiro de fundos de pesquisa das instituições que estão associadas ao projeto.


Com o aplicativo instalado no iPhone basta fazer a leitura do código de barras do produto, que em instantes o sistema fornece as informações sobre todo o ciclo de vida, com o processo de fabricação, local de confecção, substâncias tóxicas usadas, exploração de trabalhadores, preocupação com o meio ambiente, entre outras coisas. Na ferramenta de busca é possível também comparar os produtos a outros similares e concorrentes.

A categoria “construção eficiente” também está presente no aplicativo. Este item dá às pessoas, que estão construindo ou vão construir, opções de produtos ecologicamente corretos e alternativas sustentáveis para as construções. A ferramenta também permite a solicitação e comparação de orçamentos gratuitamente.

Para cada produto o site apresenta uma ficha técnica que inclui, entre outros dados, as características do produto, o nome e os contatos da empresa fabricante.

Na categoria de alimentos, o consumidor fica sabendo pela internet quem são os fornecedores de frutas, verduras legumes e carnes vendidos nas lojas do Pão de Açúcar, por exemplo. Para isso, o cliente precisa entrar no site do programa e digitar no campo indicado, o código de rastreamento do fornecedor presente na etiqueta. Se não houver o código – caso de produtos a granel – o consumidor encontra os dados da procedência do item fazendo a busca a partir do tipo do produto.

O catálogo de Produtos Sustentáveis foi desenvolvido, em 2008, pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVCES). O guia lista produtos com avaliação positiva dos impactos ambientais, depois de considerados critérios como eficiência energética, origem renovável do recurso, toxicidade, biodegradabilidade e gestão de resíduos.

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