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Apesar do cessar-fogo, curdos denunciam disparos turcos na Síria

Este é o primeiro dia de cessar-fogo após o acordo entre Turquia e EUA, que prevê a retirada das tropas turcas e aliadas da região nos próximos 5 dias

Síria: Turquia quer retirar milícias curdas da região para criar zona de segurança para refugiados (Stoyan Nenov/Reuters)

Síria: Turquia quer retirar milícias curdas da região para criar zona de segurança para refugiados (Stoyan Nenov/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 09h39.

Beirute - Os curdos denunciaram nesta sexta-feira que as forças turcas seguiram disparando artilharia na cidade de Ras al Ain, no norte da Síria, fronteira com a Turquia, apesar da trégua de cinco dias anunciada ontem por Ancara e Washington.

Uma fonte das Forças da Síria Democrática (FSD), aliança liderada pelos curdos, confirmou à Agência Efe que "os tiros de artilharia continuam" por parte dos turcos durante na manhã de hoje, após ataques ocorridos na madrugada.

Sob anonimato, a fonte afirmou disse que as ações das facções rebeldes da Turquia e da Síria ocorrem em Ras al Ain, uma das primeiras cidades alvo da ofensiva militar que teve início no último dia 9, versão também oferecida pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O porta-voz militar das FSD, Mervan Qamishli também confirmou à Efe que "o ataque turco segue na cidade de Ras al Ain".

Já o Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que há combates entre as FSD e facções rebeldes sírias apoiadas pela Turquia em Ras al Ain em uma tentativa de avançar na região.

Este é o primeiro dia de cessar-fogo após o acordo alcançado ontem entre Turquia e EUA, que prevê a retirada das Unidades de Proteção do Povo Sírio (YPG) de uma região de segurança de 32 quilômetros na fronteira nos próximos cinco dias.

Ontem à noite, as FSD afirmaram que respeitarão essa cessação das hostilidades, mas que a trégua é limitada à área entre Ras al Ain e Tal Abyad, as regiões mais afetadas pela ofensiva turca.

O presidente Recep Tayyip Erdogan pretende estabelecer uma "zona de segurança" para reassentar 2 milhões de refugiados que fugiram da guerra iniciada em 2011 na Síria.

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